Fernando Neiva cumpre agenda sindical no Pará por uma Caixa 100% pública

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Fernando-Neiva-no-Pará-2O conselheiro eleito pelo funcionalismo ao Conselho de Administração da Caixa, Fernando Neiva, esteve em Belém nesta segunda e terça-feira, dias 26 e 27 de janeiro, onde reuniu com os bancários e bancárias da agência barco, da agência Marco e também com o funcionalismo que compareceu ontem ao Edifício Sede da Caixa em Belém para um debate sobre a possibilidade de abertura do capital do terceiro maior banco do país, as consequências na vida dos trabalhadores e trabalhadoras e a importância de todos estarem engajados na luta pela manutenção de uma Caixa 100% pública.

Antes desse encontro, Neiva participou de uma reunião com a Superintendência Regional Norte e com sindicalistas para conversar sobre o mesmo assunto.

Em uma artigo divulgado no site do Sindicato, Fernando Neiva e Maria Rita Serrano (suplente do Conselho de Administração) disseram o que representa essa possível abertura. “Tornar a Caixa Federal uma empresa de mercado é abrir brechas para a privatização. É dar espaço para o interesse privado, como já se viu em inúmeros exemplos, inclusive em instituições financeiras, trazendo como consequências a redução de direitos trabalhistas e a precarização de serviços em nome do lucro dos acionistas”.

Fernando-Neiva-no-Pará-3“Nas reuniões dialogamos bastante com os bancários e reforçamos o engajamento de toda a categoria bancária certamente resultará na manutenção da Caixa 100% pública. A categoria bancária como um todo não deve concordar com a abertura do capital, pois essa abertura significa entregar as ações e parte da direção da Caixa nas mãos dos banqueiros e do grande capital, isso certamente fragilizaria o papel social da caixa que é sua missão e sua grande marca, o qual a empresa vem desempenhando com muita competência, mesmo tendo ampliado sua atuação na área comercial”, destaca o diretor do Sindicato dos Bancários do Pará e empregado da Caixa, Heider Alberto.

No dia 28, Fernando Neiva fez o mesmo encontro com bancários, bancárias e a Superintendência em Marabá, sudeste do Pará.

Entidades sindicais solicitam audiência com presidenta Dilma – A Contraf-CUT e a Fenae, junto com a Central Única dos Trabalhadores (CUT), a Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), a Intersindical e a CSP-Conlutas protocolaram no final do ano passado ofícios, solicitando audiência com o governo federal para esclarecimentos sobre a possível abertura do capital da Caixa.

Clique aqui para ler o ofício encaminhado à presidenta Dilma

Em Belém, o conselheiro concedeu uma rápida entrevista à CUT-Pará e reafirmou, que assim como o movimento sindical bancário, ele é contra a possível abertura de capital. Ele informou também que vai continuar visitando as agências do banco em todo o país, para vivenciar um pouco o dia-a-dia nas unidades da Caixa e assim poder dar encaminhamento às demandas do funcionalismo no Conselho de Administração.

CUT-PA: Neiva, qual tua opinião sobre a anunciada proposta de abertura de capital da Caixa, feita no finalzinho de 2014 pelo governo federal?

Fernando Neiva: Olha, essa abertura do capital, do jeito que está colocada hoje, é uma política totalmente equivocada com relação à Caixa Econômica Federal. Veja bem: a Caixa é um banco público. É um banco que tem 100% das ações e o Governo Federal é o dono. Isso significa dizer que a sociedade brasileira que é a dona da Caixa Econômica Federal. Agora, recentemente nós ouvimos a presidenta Dilma afirmar que vai fazer a abertura do capital da Caixa. O que significa isso? Significa dizer que vai tirar dos 100% de ações da União e passar 30% para a Bolsa de Valores, para o capital privado. São as chamadas IPO’s, né? E isso também significa o quê para nós empregados e empregadas da Caixa? Significa o início da privatização. Pra que isso? A Caixa é detentora de grandes políticas sociais e políticas públicas que nós desenvolvemos, como o Bolsa Família, Minha Casa, Minha Vida, o Fundo de Garantia por Tempo de Serviço, o FGTS, depósitos judiciais, o penhor e inúmeras políticas que nós conduzimos.

São políticas acertadas como, por exemplo, a Agência Barco, da Ilha do Marajó. Qual banco que faz esse tipo de trabalho, principalmente, à população carente? Nós temos uma agência que percorre, aqui, vários municípios no Pará, e no Amazonas também, que atende a população que mais precisa. Nós vamos achar que um banco privado vai fazer esse tipo deatendimento? Nunca. E por que nunca? Porque o banco privado pensa somente no lucro. Essa é uma das razões por que a abertura de capital da Caixa não é salutar para a sociedade, nem para nós empregados e empregadas. E eu, como conselheiro, juntamente com os sindicatos, estamos fazendo esse debate e somos totalmente contrários a essa política perversa que, com certeza, é o inicio da privatização.

Fonte: Bancários PA, com informações da CUT-PA

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