Sindicato vai às ruas por uma Caixa 100% pública e contra as MPs

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3No peito, bancários, trabalhadores e sindicalistas traziam o desejo de todo o funcionalismo do terceiro maior banco do Brasil: uma Caixa 100% pública. Essa bandeira de luta passou a fazer parte da agenda da classe trabalhadora após o anúncio do governo federal de abertura do capital da Caixa no ano passado.

2“Se o momento é de resistência e luta, então vamos resistir e lutar. Foi assim no governo FHC quando passamos pelas ameaças de privatizações, lutamos, resistimos e conseguimos impedir. O atual governo é suscetível à pressão da classe trabalhadora, e é isso que devemos fazer, pressionar para que o governo volte atrás e descarte a possibilidade de abertura do capital da Caixa. Os empregados e a população querem a Caixa 100% pública!”, defendeu a diretora de Comunicação do Sindicato e também funcionária do banco, Tatiana Oliveira.

Nesta quarta-feira, dia 28 de janeiro, foi também Dia Nacional de Lutas em Defesa dos Empregos e Direitos, que se encontram ameaçados com as medidas provisórias (664 e 665), que dificultam o acesso a benefícios trabalhistas e previdenciários.

4“Os bancos são detentores das maiores fortunas do mundo e é sobre eles que o governo deve taxar as grandes fortunas, para fazer superávit, e não tirar de nós trabalhadores e trabalhadoras que suamos a camisa diariamente em busca de um futuro melhor para nós e nossas famílias. A presidenta Dilma prometeu estar ao lado dos trabalhadores e provou isso no seu primeiro mandato, por isso apoiamos a sua reeleição e esperamos que ela não decepcione o povo brasileiro, uma importante prova será manter a Caixa 100% pública e com seus importantes projetos para a sociedade”, destacou a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.

A CUT e outras centrais sindicais (CSB, CTB, FS, NCST e UGT) saíram também às ruas contra o pacote fiscal anunciado pelo governo federal no início do ano e lembraram-se de uma promessa da presidenta Dilma antes da reeleição de não fazer reformas na lei trabalhista que reduzam direitos dos trabalhadores, “nem que a vaca tussa”.

6“Assim como Dilma, nem que a vaca tussa vamos abrir mãos dos nossos direitos. No dia 26 de fevereiro faremos a Marcha da Classe Trabalhadora, onde a CUT e demais centrais reapresentarão a pauta de reivindicação para o governo federal, os estaduais e o empresariado, e assim vamos continuar em luta por melhorias e avanços”, afirmou o diretor da Contraf-CUT, Adilson Barros.

Pressão dos trabalhadores – De acordo com o governo, as medidas provisórias (MPs) 664 e 665, que alteram as regras sobre pensão, auxílio-doença e seguro-desemprego, anunciadas pelo governo no fim do ano passado, não poderão ser revogadas, como reivindicam as centrais sindicais. O governo, porém, garantiu que o diálogo está aberto para negociar o conteúdo das normas.

O assunto foi discutido na última segunda-feira (19) por quatro ministros e seis representantes de centrais sindicais, reunidos em São Paulo. Após o encontro, os líderes sindicais reafirmaram a posição de pedir a revogação das MPs, alegando que as medidas retiram direitos dos trabalhadores.

5Diante da resistência na reunião, a alternativa encontrada pelas centrais foi incluir os trabalhadores na elaboração dos textos das MPs. “Se não vai revogar a medida, nós queremos discutir o conteúdo, porque somos contrários à forma como estão apresentadas”, disse o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT), Vagner Freitas. “Então, é óbvio que se o governo aceita o processo de negociação, tem que estar aberto para fazer modificação nas medidas, atendendo às propostas que vamos fazer, porque senão fica sem eficácia essa reunião”, acrescentou.

Debate em curso – As duas MPs estão sendo analisadas por grupos técnicos do governo e das centrais. A primeira reunião ocorreu na sexta-feira (23). Na terça-feira da semana que vem (3), dirigentes das seis centrais envolvidas na negociação voltarão a se reunir com os ministros Miguel Rossetto (secretário geral da presidência), Nelson Barbosa (Planejamento), Carlos Gabas (Previdência Social) e Manoel Dias (Trabalho e Emprego). O encontro será novamente realizado no escritório da Presidência da República em São Paulo.

 

Fonte: Bancários PA, com informações da Agência Brasil

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