17ª Conferência define minuta da Campanha Nacional 2015

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Diretor-Gilmar-Santos-integrou-a-coordenação-da-plenária-finalA 17ª Conferência Nacional dos Bancários aprovou na plenária final, realizada nesse domingo (2) em São Paulo, a estratégia, o calendário e a pauta de reivindicações da Campanha Nacional 2015, que terá como eixos centrais reajuste de 16% ( inflação mais 5,7% de aumento real), valorização do piso salarial no valor do salário mínimo calculado pelo Dieese (R$ 3.299,66 em junho), PLR de três salários mais R$ 7.246,82, defesa do emprego, combate às metas abusivas e ao assédio moral, e fim da terceirização.

Conforme aprovado na 10ª Conferência Estadual dos Bancários e Bancárias do Pará, a delegação paraense defendeu na plenária final da Conferência Nacional a proposta de índice que contemplava a inflação mais 10% de ganho real, porém esse encaminhamento obteve pouco mais de 30% dos votos em plenário.

Participaram da Conferência, aberta nesta sexta-feira (31) no hotel Hotel Holiday Inn Parque Anhembi, 667 delegados, sendo 219 mulheres e 448 homens, além de 42 observadores. Os trabalhos da plenária final foram presididos pelo presidente da Contraf-CUT, Roberto Von der Osten, e o diretor do Sindicato dos Bancários do Pará, Gilmar Santos, contribui com a coordenação da mesa.

Entrega da pauta

Com a definição em plenário, a minuta geral de reivindicações da categoria bancária será entregue à Fenaban no próximo dia 11 de agosto, em São Paulo. Entre os dias 12 e 14 de agosto, os Sindicatos e Federações farão o lançamento oficial da Campanha Nacional 2015 em suas bases de atuação.

“Ao entregarmos a minuta para os banqueiros começam as negociações. Há possibilidade de conflitos, mas depois a resolução. E chegamos a uma Convenção Coletiva. O Brasil vive agora uma crise política, que foi transformada em crise econômica. Mas nossos patrões navegam num mar tranquilo. Tiveram lucros altíssimos, apresentados no primeiro e segundo trimestres. Temos certeza que eles terão responsabilidade e coerência na negociação com a gente. E que vamos ter o ganho real que estamos reivindicando e vamos trazer mais conquistas para a categoria”, afirmou o presidente da Contraf-CUT, Roberto Von der Osten.

Rosalina-Amorim-em-interveção-durante-a-plenária-final“A partir de agora nossa tarefa é mobilizar e organizar a categoria bancária para mais uma Campanha Nacional vitoriosa. Sabemos das dificuldades que teremos nas mesas de negociação com os banqueiros, porém este é o setor da economia brasileira que não pode se queixar de crise econômica, tendo em vista os lucros astronômicos que obtiveram no último período. Nesse sentido, reafirmamos que a força da nossa luta será fundamental para determinar nossa vitória. Para isso, precisamos fortalecer a unidade nacional da categoria, para marcharmos juntos rumo a novas conquistas para os bancários e bancárias”, destacou a presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Rosalina Amorim.

Conjuntura Nacional

Os 667 delegados e delegadas que participaram da 17ª Conferência também discutiram temas importantes da conjuntura nacional, como as consequências do processo de terceirização, reforma tributária, desenvolvimento econômico e estrutura do sistema financeiro atual. Também houve duras críticas ao último aumento da taxa Selic, que passou para 14,25% ao ano, e ao ajuste fiscal, liderado pelo ministro da Fazenda, Joaquim Levy.

Principais reivindicações aprovadas na Conferência

Reajuste salarial de 16%. (incluindo reposição da inflação mais 5,7% de aumento real)

PLR: 3 salários mais R$7.246,82

Piso: R$3.299,66 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).

Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá: R$788,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional).

Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.

Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.

Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários.

Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.

Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.

Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transsexuais e pessoas com def iciência (PCDs).

 

Fonte: Bancários PA e Rede Nacional de Comunicação dos Bancários

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