Para a Caixa a situação dos trabalhadores da agência Canaã dos Carajás não é exceção. Segundo o banco, todas as unidades da região estão no limite do seu quadro funcional. Mas para o Sindicato o problema vai além de números. “Durante a reunião que tivemos, com a superintendência da região para tratar da unidade em Canaã, repetimos que é teórico esse quadro funcional de sete empregados, pois desde o ano passado, nunca encontramos todos por lá, ou um está de férias, outro de licença. E mesmo que estivessem os sete o problema não seria resolvido. A solução está na contratação de mais bancários não só pra lá, mas para toda as unidades da Caixa tanto no interior quanto na capital, antes que tenham mais trabalhadores afastados por doenças ocupacionais do que trabalhando de fato. Nessa conta, todos saem perdendo”, avalia a diretora do Sindicato na região sudeste, Heidiany Moreno.
A reunião da última quinta-feira (28) não foi a primeira que o Sindicato teve com o banco para discutir a situação em Canaã, mas o descaso da Caixa preocupa a entidade e já começa a afetar a saúde dos bancários. “Ouvir um xingamento no trabalho mexe com o emocional de qualquer um, pior ainda quando isso se torna frequente. Além da cobrança de metas abusivas diariamente.Falta respeito e valorização com os trabalhadores”, destaca a diretora do Sindicato, Érica Fabíola Monteiro.
Durante a reunião, os representantes da Caixa, Galvanir Galvão e Nazilma Santos ratificaram o que o banco já tinha respondido em ofício à entidade sindical e informaram que a suspensão nas contratações é uma orientação nacional.
No ofício enviado ao banco, o Sindicato pediu providências para solução do problema em Canaã dos Carajás (releia aqui o retorno dado pelo banco em ofício).
Sem respostas concretas, o Sindicato solicitou uma nova reunião, dessa vez com o superintendente regional que estava em viagem desde a semana passada. O encontro já foi agendado e deve ocorrer ainda nessa semana para discutir a falta de pessoal nas agências da região, principalmente em Canaã, bem como esclarecimentos sobre o atendimento bancário que está sendo feito por prestadores de serviços.
“Esperamos que nessa próxima reunião tenhamos respostas mais concretas que é o que a categoria também espera junto com a gente. Caso contrário, o Sindicato irá fazer ações mais incisivas nas unidades”, garante Heidiany Moreno.
Antes do encontro com a Caixa, o Sindicato se reuniu e tomou café com os bancários do Banco da Amazônia em Marabá.
Validade de concurso é suspensa – A juíza Roberta de Melo Carvalho, da 6ª Vara do Trabalho de Brasília (DF), determinou a suspensão do prazo de validade do concurso público feito pela Caixa Econômica Federal em 2014. A prorrogação vale até o trânsito em julgado da Ação Civil Pública ajuizada pelo procurador Carlos Eduardo Brisolla, do Ministério Público do Trabalho no Distrito Federal e no Tocantins. A liminar foi concedida na última sexta-feira, 29 de janeiro.
Na decisão, a magistrada do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) da 10ª Região também estipulou que o banco observe a prioridade dos atuais aprovados, caso realize novos certames. E ainda proibiu que a Caixa promova concursos apenas para cadastro reserva ou com número irrisório de vagas. Para a juíza Roberta de Melo Carvalho, os documentos apresentados pelo MPT demonstram “forte indício de falta de transparência na condução dos concursos públicos e ofensa aos princípios constitucionais que regem a administração pública”.
Clique aqui e confira a decisão liminar do TRT.
ACP local – O Sindicato também ajuizou Ação Civil Pública (ACP) em relação ao último concurso da Caixa. A 1ª Vara do Trabalho em Belém indeferiu a liminar pleiteada. A entidade sindical apresentou manifestação aos documentos trazidos aos autos pelo banco e a audiência de encerramento de instrução está agendada para o dia 24 de fevereiro.
Fonte: Bancários PA com Fenae Net
