Caravanas Bancárias aproximam Sindicato de sua base

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Reunião na Caixa Cametá

Reunião na Caixa Cametá

No segundo maior estado em extensão territorial do país chegar a determinados municípios é sinônimo de missão. Missão pela distância, pelas condições da estrada, pelas chuvas; mas superando todos esses obstáculos o Sindicato tem visitado pelo menos três municípios paraenses por semana desde o início do ano. As Caravanas Bancárias, projeto iniciado na gestão passada, tem aproximado cada vez mais a entidade de sua base.

“Por mais que o tempo de reunião seja curto procuramos ouvir cada trabalhador, cada demanda, registrar em imagens as denúncias e chegando de volta a Belém dar encaminhamento em busca de melhorias nas condições de trabalho. Infelizmente a mudança não vem do dia para noite. Às vezes são necessárias várias reuniões, denúncias nos órgãos de defesa do trabalhador, manifestações, interdições até que o problema seja resolvido não paramos de cobrar dos bancos”, destaca a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.

“Tem cidades que ainda não conseguimos chegar, mas todos os municípios estão nas nossas previsões de Caravanas. Sabemos que a realidade do bancário no interior do Estado é complicada, difícil e que a nossa presença traz um alívio onde a situação já está crítica. Tudo isso só é possível graças aos nossos associados e associadas”, ressalta o dirigente sindical, Gilmar Santos.

Cametá – Na semana passada o Sindicato esteve em Cametá, nordeste paraense, onde a maioria das reuniões com os bancários teve que ser marcada para tarde devido à grande demanda de trabalho nas agências.

“Para conseguirmos visitar todas as unidades tivemos que nos dividir em equipes. Eu e o diretor Gilmar estivemos no Banco do Brasil e Bradesco e nesse último banco, o que temos presenciado, quase que por unanimidade, é a ausência da porta giratória com detector de metais. E onde ele não existe o pedido dos bancários é , dessa vez  unânime, pelo dispositivo, que traz um certo alívio para os colegas”, afirma o diretor da entidade, Saulo Araújo.

A justificativa dada pelo banco é sempre a mesma: ausência de legislação municipal que obrigue a instalação do equipamento. Diante disso, o Sindicato tem enviado aos bancários que solicitam o projeto de lei de Segurança Bancária da Contraf-CUT em parceria com federações e sindicatos filiados, para que com o documento em mãos, os trabalhadores entreguem à Câmara de Vereadores local para ser apreciado.

“Essa foi a melhor forma que encontramos para tentar resolver o problema, pois como nossa passagem é rápida pelos municípios não temos tempo disponível para protocolar o documento e daí contamos, mais uma vez, com o apoio dos bancários e bancárias e nos colocamos à disposição para dar encaminhamento da forma que for preciso”, comenta o dirigente sindical, Luiz Otávio.

Além do Bradesco, os diretores do Sindicato reuniram-se com os bancários do Banco do Brasil, Banpará, Banco da Amazônia e Caixa.

Reunião no Banco da Amazônia Cametá

Reunião no Banco da Amazônia Cametá

No Banco da Amazônia, o espaço para o autoatendimento é pequeno diante da multidão de clientes e usuários que literalmente se apertam para garantirem suas vagas e se protegerem do sol. A própria agência reconhece o problema e já teria solicitado uma autorização para ampliação do espaço, porém o banco não deu retorno.

O Sindicato vai encaminhar ofício ao Banco da Amazônia reiterando o pedido já feito pela agência em caráter de urgência. No mesmo documento, a entidade sindical também irá solicitar a instalação de biombos conforme determina a legislação estadual 7670/ 2012.

Por lá outra reclamação foi quanto ao não pagamento das horas extras e a necessidade de mais funcionários. O Sindicato informou sobre a retomada das mesas de negociação específica com o banco onde estão sendo discutidos os temas apresentados pelos bancários.

Na Caixa, depois de um dia bem agitado, os bancários puderam finalmente sentar e conversar com o Sindicato. Em um breve relato eles informaram que o fluxo de pessoas na agência é uma rotina ao longo do ano, agravada pelo pagamento do seguro-defeso e também pelo espaço físico da agência que fica pequeno diante de tanta gente.

A entidade sindical já solicitou audiência com o novo Superintende Regional do Trabalho e Emprego no Pará, Miriquinho Batista, para tratar o assunto, e aguarda a data de quando deve acontecer a reunião.

O Sindicato também vai encaminhar ofício à direção da Caixa solicitando reunião para discutir o problema em Cametá. Enquanto essas reuniões não acontecem, a previsão de mudança de prédio é para o mês de maio desse ano.

 

Fonte: Bancários PA

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