Bancários aprovam participação na paralisação nacional da classe trabalhadora nessa quinta (22)

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Reunidos em assembleia na tarde dessa terça-feira (20), na sede do Sindicato, bancários e bancárias em greve nacional há 15 dias decidiram pela participação massiva da categoria na paralisação nacional da classe trabalhadora, convocada pela CUT e demais centrais sindicais para essa quinta-feira, 22 de setembro (leia mais). Em Belém, a concentração será no Mercado de São Brás, às 9 horas, e seguirá em passeata ao centro da cidade.

Essa foi uma tática encontrada pela categoria bancária para fortalecer o movimento e dar mais visibilidade à greve dos bancários, que se estende até agora, única e exclusivamente, pela intransigência dos banqueiros em mesa de negociação, que insistem em uma proposta rebaixada de índice de reajuste de 7% (2,39% abaixo da inflação) com abono de R$ 3.300, o que representa perdas salariais aos trabalhadores e trabalhadoras.

Além disso, a assembleia avaliou a necessidade de fortalecimento das manifestações em frente aos bancos, para dialogar com a população sobre os motivos da greve, as reivindicações da categoria e a necessidade de unidade da classe trabalhadora em defesa dos seus interesses.

“Precisamos de cada bancário e bancária em greve presente, tanto nessa manifestação de quinta (22), como nas manifestações diárias que estamos fazendo diariamente em frente aos bancos, seja em Belém ou demais municípios do estado. Devemos mostrar para a população que os banqueiros são os culpados por nos manterem em greve. Não podemos nos render à ganância dos banqueiros, que querem ampliar seus lucros nos impondo perdas salariais. Por isso fazemos esse chamado para fortalecer nossa greve com a presença de todos e todas nas manifestações. Esse é caminho para nossa vitória, pois só a luta nos garante conquistas.”, afirma a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.

Levantamento feito recentemente pelo Dieese, sobre o desempenho dos cinco maiores bancos brasileiros (Bradesco, Itaú Unibanco, Santander, Banco do Brasil e Caixa Econômica Federal), revela um lucro líquido de R$ 29,7 bilhões no primeiro semestre de 2016.

Mesmo apresentando lucros expressivos, os cinco bancos fecharam mais de 13.600 postos de trabalho em relação ao mesmo período de 2015 e, juntos, fecharam 422 agências bancárias.

“Por isso nossa pauta de reivindicações é muito mais do que reajuste salarial, pensamos também nos clientes e usuários que sofrem tanto quanto nós, mas de outras formas, seja nas filas de espera por atendimento, em unidades insalubres, tendo que pagar taxas e tarifas altíssimas. A culpa de tudo isso é dos banqueiros que visam tão somente lucros cada vez maiores à custa de nós trabalhadores e trabalhadoras. Pedimos a compreensão da população e apoio nessa luta, pois não existe outra forma de lutarmos pelo que temos direito”, explica o diretor do Sindicato e também empregado do BB, Gilmar Santos.

 
Fonte: Bancários PA

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