CN2016: Contra o desrespeito, bancários param agência Belém Reduto do Banco da Amazônia

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O 16º dia de greve da categoria bancária foi também um ato de protesto não só pela última proposta rebaixada da Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) de 7% de reajuste mais abono de R$3.300,00, mas também pela postura desrespeitosa do Banco da Amazônia na agência Belém Reduto onde os grevistas foram impedidos de usarem o banheiro da unidade e até mesmo de entrar no local.

“Assim como respeitamos àqueles que não fazem greve, queremos ter o mesmo respeito, pois estamos lutando inclusive por esses que de certa forma tentam enfraquecer o movimento quando decidem bater o ponto e trabalhar normalmente, apenas se recusando a atender à população como infelizmente tem acontecido em muitas agências. Isso não é fazer greve, nunca foi e nunca será. Greve é suspender as atividades por tempo indeterminado, e ir para as assembleias e mobilizações organizadas pelo Sindicato que os representa, unir-se à luta até que de fato a categoria aprove uma proposta que contemple as reivindicações apresentadas”, destaca a presidenta do Sindicato e empregada do BB, Rosalina Amorim.

Um vaso sanitário foi colocado na escada que dá acesso à principal entrada da unidade em protesto à retaliação do banco. Um dos diretores do Sindicato lembrou que essa não foi a primeira vez que o Banco da Amazônia desrespeitou seus próprios empregados e empregadas, especialmente aqueles que recebem benefício por incapacidade.

“A direção do Banco da Amazônia propôs em mesa a instalação de um grupo de trabalho com o Sindicato para avaliar a possibilidade desses bancários e bancárias afastados voltarem ao trabalho ou passarem por uma reabilitação profissional mesmo estando eles afastados. Rejeitamos imediatamente”, lembra o dirigente sindical, Sandro Mattos.

Denuncie – O Sindicato tem recebido diversas denúncias de práticas antissindicais tanto na capital quanto no interior do estado, como o contingenciamento, o deslocamento de alguns bancários para outras unidades ou retorno deles para o local de trabalho depois das 16h.

“Orientamos aos colegas que durante a greve evitem ir ao local onde trabalha e procurem outras unidades onde acontecem os atos e mobilizações. Além disso, que o colega não responda e nem apague as mensagens que receber de seu gestor, bem como procurar o Sindicato sempre que se sentir ameaçado ou coagido, pois também estamos aqui para defender os trabalhadores e trabalhadoras que exercem seu direito legítimo de greve”, explica o diretor do Sindicato e empregado do BB, Gilmar Santos.

Luta Nacional amanhã (22) – A categoria bancária, que faz uma das maiores greves de sua história, também irá participar da paralisação nacional contra a retirada de direitos, nesta quinta-feira (22), conforme deliberado em assembleia ontem na sede do Sindicato.

“Todas as conquistas da classe trabalhadora são frutos de muita luta, paralisações e greves; nada veio como gratificação dos patrões ou de governos, e agora esse atual governo golpista quer mudar tudo e acabar com a CLT, por isso temos que estar nas ruas amanhã para dar um recado ao Temer e ao Congresso que estamos prontos para reagir e não permitir o retrocesso. Fora Temer!”, afirma a bancária do Banpará, Salete Gomes.

 

 

Fonte: Bancários PA

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