CN2016: Bancários ocupam as ruas de Belém no dia nacional de paralisação da classe trabalhadora

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Nessa quinta-feira (22), bancários e bancárias ocuparam as ruas de todo país, junto com outras categorias, no Dia Nacional de Mobilização e Paralisação da Classe Trabalhadora em defesa de salários e direitos convocado pela CUT e demais centrais sindicais. Em Belém, mais de 3 mil pessoas seguiram em passeata, do Mercado de São Brás à Praça da República, sob forte sol e calor que fez na manhã de hoje na capital paraense.

Com palavras de ordem pelo Fora Temer e contra a ganância dos banqueiros, e com a utilização de cartazes e boletins informativos, a categoria bancária dialogava com os manifestantes e com a população que trafegava pelas ruas sobre os motivos e a necessidade da greve, que completou 17 dias na data de hoje e segue com mais de 88% de adesão nos bancos públicos e privados que atuam no estado. Em todo país já são 13.440 unidades bancárias no movimento paredista.

“Estamos aqui hoje para dizer à população que o que nos mantém em greve é a ganância e a intransigência dos banqueiros nas mesas de negociação. Os bancos lucraram mais de R$ 30 bilhões no primeiro semestre de 2016 e nos propõe um reajuste de 7%, abaixo da inflação, e um abono de R$ 3.300,00 que não repercute nem no piso nem nos salários dos bancários e bancárias. Não aceitamos perdas salariais e seguiremos fortalecendo a greve como forma de resistir e defender nossas reivindicações por ganho real nos salários, garantia de emprego e de direitos trabalhistas. Estamos na luta, pois só a luta nos garante conquistas”, destacou o diretor do Sindicato e empregado do Banco do Brasil, Gilmar Santos.

Durante a passeata, a categoria bancária presente na manifestação fez críticas à política trabalhista de Michel Temer, que pretende privatizar bancos e empresas públicas, ampliar a jornada de trabalho para 12 horas diárias, congelar gastos públicos por 20 anos (PEC 241/16), acabar com o aumento real do salário mínimo, congelar salários dos servidores públicos e acabar com os concursos públicos, (PLP 257/16), além de aprovar a terceirização em todas as áreas do setor público e privado (PLC 30), a reforma trabalhista que diminui a idade mínima para ingresso no mercado de trabalho e amplia a idade mínima para aposentadoria, dentre outras propostas que compõe o pacote de maldades de Temer para a classe trabalhadora.

“O golpe jurídico, parlamentar e midiático que colocou Michel Temer na presidência da república foi patrocinado pelos banqueiros, pelos empresários da indústria e do agronegócio, inclusive com financiamento do capital internacional. Tudo isso para impor um projeto político, derrotado nas urnas há 4 eleições presidenciais seguidas, que visa massacrara a classe trabalhadora com privatizações, retirada de direitos históricos conquistados com muita luta, além de arrocho salarial. Por isso é fundamental a unidade da categoria bancária com o conjunto da classe trabalhadores para que possamos resistir na defesa dos nossos interesses, pois só assim conseguiremos derrotar a ganância dos banqueiros e o golpe de Temer contra a classe trabalhadora”, afirma a diretora do Sindicato e empregada da Caixa, Tatiana Oliveira.

A manifestação dos bancários encerrou com intervenção em frente ao Bradesco da Presidente Vargas e, em seguida, na Praça da República, em frente ao Banco da Amazônia, com música ao vivo e churrasco da greve aos participantes da passeata.

 

Fonte: Bancários PA

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