CN2016: Categoria chega ao 22º dia de greve nacional

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Há 22 dias em greve nacional, a categoria bancária já mostrou para a Federação Nacional dos Bancos (Fenaban) que sem proposta decente a greve continua, portanto bancários e bancárias em todo o país esperam que após mais de uma semana de silêncio os banqueiros não repitam a enrolação da última mesa e apresentem uma proposta que tire os trabalhadores e trabalhadoras da greve.

A nova rodada de negociação com a Fenaban é logo mais às 14h em São Paulo e mais uma vez a categoria do Pará estará representada na reunião pelo dirigente sindical e bancário do BB, Gilmar Santos.

“Nossa greve está forte e aumenta a cada dia que passa e esperamos que os banqueiros levem isso em consideração na hora da mesa de negociação hoje em São Paulo. E assim como a Fenaban chamou esperamos que a direção do Banpará e Banco da Amazônia também retomem o diálogo com as entidades representativas em busca do fim da greve com conquistas e vitórias para nossa classe”, destaca Santos.

No Banco da Amazônia, mesmo com interdito, a maioria dos bancários e bancárias não cederam à pressão do banco e seguem na greve firme e forte. A concentração dos trabalhadores e trabalhadoras foi na matriz do banco em Belém com direito a muito barulho quando algum colega entrava para trabalhar.

No Banpará, as mobilizações do movimento paredista cresceram e chegaram à agência Nazaré na capital e o prédio da Sutec, além da matriz e ‘Postão’ que estão fechadas desde o primeiro dia da greve.

No Edifício Sede da Caixa, também em Belém, bancários e bancárias em greve se reúnem diariamente para mostrar aos patrões e à população que a paralisação da categoria, por tempo indeterminado, é forte, legítima e séria.

“Mais do que compreensão de clientes e usuários, queremos respeito. Ninguém está fazendo greve porque não quer trabalhar, estamos aqui por melhores salários e condições de trabalho que também irão beneficiar a população quando tivermos nossas reivindicações atendidas já que nossa pauta também pede a redução das taxas e juros, mais segurança bancária, além de outros pedidos. Temos consciência da nossa luta e sabemos que a greve é o principal meio legítimo de conquistarmos aquilo que os patrões não aceitaram dar em mesa de negociação”, ressalta a diretora do Sindicato e empregada da Caixa, Tatiana Oliveira.

Principais reivindicações:

Reajuste salarial de 14,78%, o que significa 5% de aumento real acima da inflação;

PLR de três salários mais R$ 8.317,90 fixos para todos;

Piso salarial de R$ 3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último);

Vales alimentação, refeição, 13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$ 880,00 ao mês para cada (salário mínimo nacional);

Melhores condições de trabalho, com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários;

Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas;

Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS) para todos os bancários;

Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós;

Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, como determina a legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários;

Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transsexuais e pessoas com deficiência (PCDs).

 

 

Fonte: Bancários PA, com Contraf-CUT

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