Representantes dos trabalhadores cobram fim do caixa-minuto

0

Na primeira reunião do GT Caixa Minuto, realizada nesta sexta-feira (25), o movimento sindical, mais uma vez reforçou a cobrança de suspensão da designação por minuto da função de caixa.

“Esse é um importante Grupo de Trabalho para os empregados da Caixa, com os iniciados e uma nova reunião agendada para quarta-feira (30). Nesse primeiro momento, foram solicitados dados para subsidiar o debate e nós do movimento sindical criticamos as decisões unilaterais tomadas pela Caixa nessa questão”, destaca a diretora do Sindicato dos Bancarios do Pará e empregada da Caixa presente na reunião, Tatatiana Oliveira.

A resposta da Caixa foi negar essa possibilidade e dizer que o “foco é o negócio” e é importante que os trabalhadores estejam livres para sair do guichê e “fazer negócio”.

“Pela justificativa apresentada pelo banco já percebemos a fragilidade dessa mudança, pois o que é realmente lucrativo para a empresa é o seu papel social, é o que dá resultado positivo para a empresa e a diferencia do restante do mercado”, salientou Dionísio Siqueira, coordenador da CEE/Caixa.

Ele lembrou que desde que a versão 033 da RH 184 está vigorando, a designação da função de caixa e caixa PV tem se dado exclusivamente por minuto, o que significa na prática a extinção da função. Além de acumular as atribuições normais a outros bancos, o trabalho deste profissional na empresa é altamente especializado. Eles realizam analise de mérito no pagamento do FGTS, fazem os pagamentos sociais, como o bolsa-família, o seguro-desemprego, o pagamento e amortização contábil de financiamento imobiliário, o pagamento de precatórios, entre outros. Essa especialização e competência é reconhecida no mercado financeiro e pela sociedade.

“Colocamos que toda essa expertise irá se perder no tempo, pois com as aposentadorias, as promoções, esses caixas não serão substituídos, o que enfraquece a empresa ao não se formarem novos profissionais. A empresa está na contramão da boa gestão”, afirmou o coordenador da CEE. A Caixa tinha mais de 13 mil caixas e com o caixa minuto esse número, até primeiro de outubro, já havia se reduzido para 12.800, segundo dado apresentado pela Caixa.

A Caixa alegou que com as novas tecnologias, a queda da demanda de caixas caiu, a autenticação diminuiu e houve aumento de atendimento pelas loterias e correspondentes bancários e caixas eletrônicos. Os empregados já vêm denunciando a tempos que a empresa tem pressionado para que a população se encaminhe a outros canais de atendimento precarizando o atendimento e reduzindo a demanda das agências”, criticou Dionísio.

Piloto rede de operações

Os representantes da Caixa informaram ainda que, após o “laboratório” realizado numa agência da Ceilândia Centro (Distrito Federal) está em execução um projeto piloto de remodelagem das agências em seis unidades da cidade paulista de Jundiaí. Estão experimentando a ideia de gerentes operacionais para caixas, retaguarda, administrativo e tesouraria. Esse piloto vai até janeiro.

“Vamos acompanhar e ficar atentos para qualquer iniciativa que venha a prejudicar os empregados. Solicitamos que eles apresentem os reais motivos para o descomissionamento dos caixas e dados sobre o funcionamento e os reflexos do caixa minuto nas horas-extras, no descanso semanal remunerado e o processo seletivo interno. Esperamos que no dia 30, data da próxima reunião, esses dados sejam apresentados”, acrescentou o coordenador da CEE/Caixa.

Fonte: Bancários PA e Agência Fenae

Comments are closed.