Sindicato inicia mobilização contra o fechamento de agências no Banco da Amazônia

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Na noite da última terça-feira (14), o Banco da Amazônia divulgou um comunicado interno a seus empregados e empregadas para informar sobre uma decisão, aprovada pelo Conselho de Administração, de “reposicionamento estratégico” da empresa frente ao cenário econômico atual, a qual, na prática, significa o fechamento de agências em diversas localidades, sendo: 1 no Amazonas, 1 no Mato Grosso, 3 no Maranhão e 2 no Pará. Essas últimas seriam as agências Ananindeua Castanheira e Belém Almirante Barroso.

A notícia caiu como uma bomba sobre os bancários e bancárias destas unidades. Por conta disso, o Sindicato dos Bancários do Pará, através de seus dirigentes Sérgio Trindade, Marco Aurélio Vaz e Luiz Otávio Pereira, todos empregados do Banco da Amazônia, foi nessa quinta-feira (16) às agências Castanheira e Almirante Barroso para reunir com os trabalhadores e trabalhadoras e organizar um processo de mobilização contra a medida anunciada pelo banco.

A agência Castanheira opera desde a década de 90 e atende um grande número de contas e negócios nos municípios de Ananindeua, Marituba, Benevides e Santa Isabel, que compõem a região metropolitana de Belém. Atualmente ela conta com 12 funcionários ativos, pois 3 saíram recentemente através do Plano de Aposentadoria Incentivada (PAI), e está com um déficit orçamentário de aproximadamente R$ 2 milhões.

Já a agência Almirante Barroso foi inaugurada em 2011 e também atende uma grande demanda de contas e negócios dentro da capital, sobretudo nos bairros do Marco, São Brás, Canudos e adjacências, inclusive as contas provenientes do Posto de Atendimento Bancário da CAPAF, fechado recentemente. Esta unidade opera atualmente com 11 funcionários, já que 3 também saíram recentemente pelo PAI, e possui um déficit ainda maior, na ordem de R$ 12 milhões.

“O problema é que os déficits dessas unidades são resultados de movimentações com aval da superintendência do Banco e, por isso, avaliamos ser uma grande injustiça penalizar essas unidades com o fechamento de suas atividades, pois quem sofrerá o peso dessa medida serão diversos bancários e bancárias que podem estar ameaçados de perder funções, comissões, além de transferência de local de trabalho e outros problemas. O que o banco pretende fazer com esses bancários? Além disso, queremos saber para onde o banco pretende transferir os déficits dessas unidades ameaças de fechamento? Esse é um assunto muito delicado e que carece de explicações claras e urgentes às entidades representativas da categoria”, afirma o diretor do sindicato, vice-presidente da Fetec-CUT/CN e empregado do Banco da Amazônia, Sérgio Trindade.

Reunião com a Superintendência

O primeiro encaminhamento tomado pelo Sindicato foi protocolar ainda no dia de hoje um ofício junto ao Banco da Amazônia em busca de uma reunião, em caráter de urgência, com o presidente da instituição, Marivaldo Melo e o Secretário Executivo de Estratégia, Organização e Projetos (SEORP), Antônio Carlos Borges, para tratar sobre o assunto.

Reunião com Senador Paulo Rocha

Outra ação sindical foi buscar a intermediação no parlamento federal para reverter a medida do banco. Nesse sentido, o Sindicato conseguiu uma reunião com o Senador Paulo Rocha (PT-PA) para discutir o plano de “reposicionamento estratégico” e de fechamento de agências do Banco da Amazônia. O encontro será nessa sexta-feira (17), às 18 horas, no Hotel Gold Mar.

 
Fonte: Bancários PA

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