Futuro incerto: Sindicato reúne-se com bancários da agência Almirante Barroso do Banco da Amazônia

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17 de abril. Esse será o último dia de atendimento ao público na agência Almirante Barroso do Banco da Amazônia, em Belém. De certo mesmo até agora, só a data de fechamento da unidade; enquanto isso, bancários e bancárias vivem momentos de apreensão e incertezas de como ficarão após esse dia.

Na tentativa de buscar esclarecê-los quanto às dúvidas que até agora o banco não foi capaz de responder; o Sindicato, a pedido do próprio funcionalismo, reuniu-se com os trabalhadores e trabalhadoras na última sexta-feira (10).

“Assim como o funcionalismo, também estamos preocupados com o destino de nossos colegas. Já pedimos através de ofício, em caráter de urgência, uma reunião com o banco para tratar do assunto, mas não fomos atendidos. Por outro lado, não estamos medindo esforços para barrar essa medida unilateral. Já ingressamos com ação na justiça, buscamos apoio de parlamentares, realizamos atos públicos e nos reunimos com os bancários e bancários das duas agências que vão fechar”, destaca o diretor do Sindicato e empregado do banco, Sérgio Trindade.

Vaga de supervisor – O que se sabe até agora é que existem apenas 2 vagas para supervisor de agência, sendo uma na agência Belém Centro e a outra na Cidade Nova. Para preenchê-las, o banco abriu processo seletivo interno, mas não informou detalhes das vagas.

Só na agência Almirante Barroso são 8 comissionados, ou seja, após preenchidas as 2 vagas, ainda restam 6 comissionados que não sabem para onde vão, já que as outras vagas disponíveis são para o interior do Estado, e preocupam os trabalhadores diante de uma possível transferência compulsória.

Outra preocupação é a de que com a reformulação em curso no banco, as vagas de supervisor de análise de crédito para o interior devem ser extintas em 2018.

Analistas – Além dos comissionados, existem 3 analistas já aprovados, mas também com o futuro incerto. A única informação, não oficial, é de que na matriz existe uma lista com 20 nomes, mas os bancários e bancárias da agência Almirante Barroso, com data certa para fechar, não foram priorizados, nem sequer uma bancária grávida que está de licença-maternidade.

Diante desse cenário de incertezas, a assessoria jurídica do Sindicato orientou os bancários e bancárias, que participaram do Programa de Movimentação Especial (PME), a enviarem uma ressalva de que não estão renunciando a função comissionada ao participarem da seleção.

Tal providência se faz necessária porque o regulamento do PME contém cláusula abusiva de renúncia da função comissionada (capítulo 1.1.3, item II), como se o bancário estivesse livremente abrindo mão da função. A cláusula, considerada abusiva pelo Sindicato, será questionada judicialmente pela assessoria jurídica da entidade que tentará anulá-la.

Já os trabalhadores e trabalhadores que estão prestes a incorporar função, foram alertados de que o banco não pode reduzir o salário deles, mesmo que percam a função, exceto em casos de erro grave cometido pelo bancário ou renúncia da função.

Encaminhamentos – Além da ação civil pública para barrar o fechamento das agências Almirante Barroso e Ananindeua Castanheira, o Sindicato também vai questionar o banco sobre o regulamento do processo seletivo. E na justiça, que mais uma vez será acionada, o Sindicato vai pedir a nulidade do item ‘Renúncia’.

 

Fonte: Bancários PA

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