Entidades unidas contra abusos da diretoria do Banpará

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Hoje (26), Sindicato dos Bancários, Contraf-CUT, Fetec-CUT/CN e Afbepa fizeram um “esquenta” da Greve Geral, na próxima sexta-feira (28) em todo o país, em frente a matriz do banco em Belém.

“Dia 28 o funcionalismo do Banpará também vai parar, não somente contras as reformas de Temer, mas também contra a intransigência, o desrespeito e o autoritarismo da direção deste banco que mesmo sabendo de todas as insatisfações dos trabalhadores e trabalhadoras, repassadas pelas entidades nas reuniões dos Grupos Paritários, faz vista grossa e segue o mesmo modelo de gestão do atual presidente da República golpista”, destaca a diretora do Sindicato e funcionária do banco, Odinéa Gonçalves.

Desrespeito aos Comitês internos – O GT-PCS, Comitê de Segurança e Comitê Disciplinar são conquistas da luta do funcionalismo do Banpará em busca de democracia na gestão da instituição. Os trabalhadores e trabalhadoras elegem seus representantes para esses espaços de composição paritária, para que possam ter voz e poder de decisão em assuntos de interesse direto da categoria. Porém, todos eles estão sendo desrespeitados pelo presidente do banco, que ignora a posição dos trabalhadores e de seus próprios representantes no GT-PCS e Comitê Disciplinar e arbitra solenemente sobre a dinâmica de trabalhos. Já o Comitê de Segurança nem reunindo está, por interferência direta da presidência do banco.

A pauta de reivindicações é extensa e como mais uma forma de encontrar soluções para tantos problemas no Banpará, as entidades sindicais solicitaram uma reunião, em caráter de urgência, com o presidente do banco.

“As quatro entidades solicitaram audiência há mais de 10 dias e nenhuma resposta. Até na guerra embaixadores conversam, mas a diretoria do banco opta pelo silêncio da discriminação e do desrespeito. Lamentável, mas cada um só dá o que tem! A greve geral é contra as reformas trabalhista e previdenciária, mas também contra esse comportamento autoritário. Vamos demonstrar, de braços cruzados, o tamanho da nossa insatisfação. Não estamos satisfeitas e não vamos permitir que destruam nossos sonhos, emprego e futuro. Por isso, a greve geral. Ou derrotamos o governo Temer agora, ou ele tornará nossas vidas e das próximas gerações um inferno: sem direitos e sem perspectiva. Vamos reagir parando dia 28”, conclama a diretora da Fetec-CUT/CN, da CUT-PA e bancária do Banpará, Vera Paoloni.

Portarias de reestruturação – Ainda em dezembro de 2016, o Banpará adotou um método sorrateiro para impor uma política de reestruturação. Às sextas-feiras foram, naquele momento, dias de pesadelos e aflição para os trabalhadores, tendo em vista as portarias publicadas, sempre após o expediente bancário do último dia útil da semana, com a notícia de extinção de funções comissionadas. Isso provocou abalos significativos na vida de funcionários e funcionárias com longa história dedicada ao fortalecimento e crescimento do Banco do Estado.

“A gente não pode se calar diante do que está acontecendo com nossos direitos conquistados com muitos anos de luta, para que uma minoria venha tirá-los da maioria, representada pelo povo, pela classe trabalhadora. Aqui no Banpará, temos uma direção autoritária que dia após dia tem colocado nossos colegas em situações constrangedoras como a retirada do processo seletivo interno para fazer indicações próprias. É uma direção que não nos ouve, não dialoga, não discute”, lembra a presidente da Afbepa e bancária do Banco do Estado, Kátia Furtado.

Indicações para comissões – A direção do Banpará também ignora uma bandeira histórica do funcionalismo, que é a adoção de critérios claros para comissionamentos e descomissionamentos, e segue indicando nomeações de forma indiscriminada e tornando seu modo de gestão cada vez mais autoritário e intransigente. Em mesa de negociação salaria se firmou o compromisso que indicação somente para as funções de assessoria, gerência geral e superintendência, as demais funções seriam supridas por Concorrência Interna, o que não está ocorrendo.

Revista vexatória de funcionários – Em março desse ano, o Banpará passou a realizar revistas constrangedoras e vexatórias nos funcionários da matriz da instituição, que têm seus objetos pessoais vasculhados na chegada ao trabalho. A determinação veio em um Aviso Circular 105/2017, do dia 15 de março, da própria administração do banco que alegava “necessidade de aprimoramento dos procedimentos de segurança, para controle de acesso e permanência de pessoas nas dependências do Banco e visando resguardar a segurança do prédio e das pessoas”. O problema é que tanto a legislação trabalhista quanto o Ordenamento Jurídico vigentes vedam a revista vexatória realizada no empregado e em seus pertences. O caso foi denunciado à Justiça do Trabalho e órgãos competentes de fiscalização.

Retirada do patrocínio da Cafbep – O Banpará como patrocinador dos recursos do Fundo de Previdência Complementar do funcionalismo do tem promovido várias mudanças no fundo, e que até o momento não foram debatidas com os participantes da Cafbep: os seus empregados. Dentre as mudanças efetivadas estão: a transferência dos recursos previdenciários para uma empresa terceirizada do Banco do Brasil, a provável extinção da estrutura física do prédio que abriga a Cafbep e a dispensa dos empregados daquela Caixa. Os participantes querem explicações acerca dessas mudanças que até agora não foram dadas.

Fortaleça a GREVE GERAL dessa sexta, 28 de abril, em todas as unidades do Banpará. 

Esse 28 de abril será um dia de luta para barrar o retrocesso de uma vida inteira! FORA TEMER!

 

Fonte: Bancários PA

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