Reforma trabalhista chega à última comissão no Senado

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O projeto de “reforma” trabalhista (PLC 38) chegou hoje (21) à última das três comissões pelas quais passaria no Senado, antes de ir a plenário, e teve parecer lido no final da manhã por Romero Jucá (PMDB-RR). O líder do governo é relator do projeto na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ). Depois da derrota governista sofrida ontem na Comissão de Assuntos Sociais (CAS), Jucá apresentou seu voto pela aprovação do texto.

Durante duas horas, a base governista e a oposição discutiram a tramitação do projeto na CCJ, após um acordo firmado nos últimos dias. A oposição conseguiu aprovar a a realização de duas audiências públicas, na próxima terça (27), para que o PLC 38 seja debatido e votado no dia seguinte. Jucá negou intenção de “atropelar” o processo: “Eu não crio pauta, não sou presidente do Senado”.

Depois da votação na CCJ, o projeto vai a plenário. A data de votação será definida pelo presidente da Casa, Eunício Oliveira (PMDB-CE).

O governo afirma ter votos suficientes, mas o líder do PT, Lindbergh Farias (RJ), avalia que a base de apoio está “fragilizada”. Ontem, o relatório de Ricardo Ferraço (PSDB-ES) na CAS foi rejeitado por 10 a 9, com votos governistas contra o parecer. Com isso, houve votação simbólica para aprovar o voto em separado de Paulo Paim (PT-RS), contrário à proposta de reforma.

A CCJ tem 27 titulares e 27 suplentes. O presidente é Edison Lobão (PMDB-MA), mas a sessão extraordinária desta quarta foi comandada pelo vice do colegiado, Antonio Anastasia (PSDB-MG).

A primeira comissão a analisar o tema foi a de Assuntos Econômicos, onde o parecer, também de Ferraço, foi aprovado por 14 a 11. Cada comissão aprova seu relatório, mas a decisão caberá ao conjunto dos 81 senadores. “Sabemos que tudo vai terminar no plenário”, afirmou Paim.

Sindicato reforça chamado à Greve Geral

O presidente do Sindicato dos Bancários do Pará avalia que essa derrota de hoje do Governo no Senado fortalece ainda mais o chamado da CUT, das demais centrais sindicais e das Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo para a Greve Geral. A categoria bancária paraense realizará assembleia geral sobre esse assunto na próxima quinta-feira (22), às 19h, na sede do Sindicato, em Belém.

“Essa é a primeira de uma série de derrotas que a CUT, as demais centrais, sindicatos e os movimentos sociais vão impor a Temer. O Palácio do Planalto dava como certa a aprovação do relatório do senador Ricardo Ferraço (PSDB-ES), mas amargaram uma derrota fruto da mobilização da classe trabalhadora. Nosso movimento não pode parar. Temos que fortalecer ainda mais a mobilização para a greve geral do fim desse mês para derrotar as reformas golpistas de Temer, tirá-lo do poder e convocar Eleições Diretas Já, como a melhor alternativa para superarmos a atual crise que vivemos. Seguiremos na luta, até a vitória!”, destaca Gilmar Santos.

 

Fonte: Rede Brasil Atual com edição Bancários PA

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