Foram 11 criminosos, que em minutos provocaram o terror em Jacundá, sudeste paraense. Nem os policiais militares foram poupados. Eles foram abordados no quartel, amarrados e levados dentro da própria viatura para um matagal onde foram abandonados. Outra parte do bando invadiu a agência quebrando uma porta de vidro e encheram a tesouraria de dinamite. O alvo era o cofre que ficou praticamente intacto. Até o sinal de telefonia fixa e móvel foi interrompido.
Para não deixar pistas, na fuga a quadrilha levou todo o circuito de segurança. Até agora ninguém foi preso.
Na manhã da última sexta-feira (14), quando a diretora do Sindicato na região sudeste, Heidiany Moreno, chegou à agência do Banco do Brasil em Jacundá, a perícia estava no local. Bancários e bancárias da unidade aguardavam do lado de fora e ela aproveitou o momento para conversar com os trabalhadores e trabalhadoras.
“Felizmente os colegas não estavam na hora da ocorrência que foi de madrugada, mas o susto é inevitável diante de como a agência ficou. Estamos acompanhando o caso e nos colocamos à disposição do funcionalismo para o que for preciso”, conta a dirigente sindical.
Enquanto a perícia era feita, operários contratados pelo banco cuidavam dos reparos onde é possível fazer. Até agora não se sabe quando a agência irá reabrir para atendimento ao público.
Duplo arrombamento – Do outro lado do estado, no município de Igarapé Miri, nordeste paraense, a agência do Banco da Amazônia teve os caixas eletrônicos arrombados na madrugada desta sexta-feira (14).
Em Ananindeua, Região Metropolitana de Belém, também na madrugada de sexta, criminosos arrobaram o cofre da agência do Santander que fica localizada às margens da BR 316.
Entre assaltos consumados (15) e tentativas (12), as estatísticas da insegurança bancária não param de aumentar. Segundo levantamento feito por um jornal impresso de grande circulação no Pará, o estado tem em média 1 ocorrência a banco a cada 15 dias.
Segurança é vida – Mais uma vez o Sindicato protocolou ofício à Secretaria de Segurança Pública solicitando uma reunião para discutir o problema de forma eficaz.
“Nosso prazo de resposta por parte da Secretaria é de 15 dias, caso contrário vamos acionar diretamente o governador do Pará, já que não temos mais tempo a perder, pois são as vidas de nossos colegas e familiares que correm risco diariamente dentro e fora do local de trabalho. E não basta apenas uma reunião para falar de vidas, a retomada do Grupo de Trabalho é fundamental para que se possa debater de forma permanente a segurança de bancários, clientes e usuários em nosso estado”, afirma o diretor do Sindicato, Gilmar Santos.
O GT de Segurança Bancária foi instalado durante o governo de Ana Júlia Carepa (PT) e desfeito em 2011, logo após o Simão Jatene assumir.
Fonte: Bancários PA
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