Ato na Caixa São Braz exige melhores condições de trabalho no Pará

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Filas quilométricas começam antes da abertura da agênciaFaltavam apenas 30 minutos para a agência da Caixa no bairro de São Braz em Belém abrir, mas no auto-atendimento centenas de jovens e idosos se amontoavam em uma única fila aguardando a abertura do banco. “Falta organização aqui do lado de fora, era bom se tivesse alguém organizando a fila para quem tem e não tem atendimento preferencial. Eu cheguei por volta das 7h30 da manhã, como tenho mais de 75 anos, trouxe minha filha para ficar em pé na fila enquanto eu me encosto por aqui para não cansar muito, porque lá dentro ainda vou enfrentar outra fila”, reclamava a aposentada, Laura Silva.
 
Do lado de fora, mais clientes aguardavam atendimento e apoiavam o Sindicato dos Bancários que protestava contra as enormes filas e a longa espera para o atendimento, retrato da necessidade de mais bancários em agências da Caixa na capital e no interior do Pará.
 
Rosalina Amorim reforçou a necessidade de mais empregados para a Caixa“Desde 2009, lançamos a campanha nacional ‘Mais empregados para a Caixa, mais Caixa para o Brasil’ como uma forma de pressionar a direção do Banco a contratar mais bancários e reduzir as filas quilométricas dentro e fora das agências. Essa necessidade também está na pauta de reivindicações específicas da Caixa deste ano”, ressaltou a presidenta do Sindicato dos Bancários, Rosalina Amorim.
 
O ato aconteceu na última sexta (10), mesmo dia da primeira rodada de negociação específica entre o Comando Nacional e a Caixa. A manifestação também pedia por melhores condições de trabalho e abertura de novas agências.
 
Alan Rodrigues denunciou as péssimas condições de trabalho na agência São Braz“Precisamos de mais agências tanto na capital quanto no interior, a demanda é grande e há poucos funcionários. Além disso, existem muitos problemas de infraestrutura em algumas agências. O novo prédio aqui em São Braz, por exemplo, foi inaugurado há pouco tempo ainda com a obra inacabada. É comum vermos serviços sendo executados no interior do prédio. A Caixa precisa oferecer um local de trabalho completo e decente para seus usuários, clientes e funcionários”, destacou o diretor do Sindicato e empregado da Caixa, Alan Rodrigues.

Mais contratações – Durante a primeira rodada de negociação, a Caixa reassumiu o compromisso, firmado no acordo coletivo de 2011, de aumentar seu quadro de pessoal para 92 mil empregados até 31 de dezembro deste ano.

Para o Comando Nacional, o nível de contratações não tem acompanhado o ritmo de abertura de novas agências em todo o país, gerando sobrecarga de trabalho.

Mas o primeiro encontro entre a Caixa e o Comando não foi como a categoria esperava. O banco assumiu posição de intransigência e rejeitou a maioria das reivindicações dos empregados, como isonomia de direitos entre novos e antigos, pagamento do ticket alimentação aos aposentados, fim do voto minerva na Funcef e definição de critérios para descomissionamento.

Acompanhe aqui como foi o primeiro dia de negociação

A próxima reunião específica com a Caixa ocorrerá na próxima sexta-feira (17), a partir 12h, e terá como pauta Saúde Caixa e saúde do trabalhador.

Entre as principais reivindicações específicas na Caixa, os destaques são contratação de mais empregados, saúde do trabalhador e melhores condições de trabalho, isonomia, recomposição do poder de compra dos salários, solução dos problemas do Saúde Caixa, extensão do tíquete e cesta-alimentação para aposentados e pensionistas, fim à discriminação dos participantes do REG/Replan não-saldado, fim do voto de minerva na Funcef, pagamento integral de toda hora extra realizada, defesa da jornada de seis horas, fim dos correspondentes bancários e fim do assédio moral.

Fonte: Bancários PA, com Contraf-CUT

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