Bancários do Banco da Amazônia aprovam minuta específica por unanimidade

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O último sábado (11) foi dia de decisão para os bancários e bancárias do Banco da Amazônia que estiveram reunidos no Hotel Regente em Belém para a construção da minuta específica da categoria.

Na mesa de abertura representantes de várias entidades sindicaisA mesa de abertura do 4º Encontro dos Empregados e Empregadas do Banco da Amazônia foi coordenada pela presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Rosalina Amorim teve a participação de representantes da Contraf-CUT (Carlos Souza, vice-presidente e Adilson Barros, secretário de relações de trabalho), Fetec Centro Norte (José Avelino, presidente) e CUT-PA (Vera Paoloni, diretora de Comunicação). O evento contou com a presença também de bancários e bancárias do Pará (Belém, Santarém, Marabá, Redenção, Altamira, Castanhal e Paragominas),  além de representantes dos estados do Amapá, Acre, Rondônia, Brasília e São Paulo.

“Foram horas de viagem aérea e terrestre para muitos companheiros e companheiras aqui presentes, que abriram mão do seu final de semana, véspera de Dia dos Pais, em busca de construir uma minuta que represente os interesses do funcionalismo do Banco da Amazônia. Quero parabenizar desde já esses companheiros e desejar a todos os bancários uma Campanha Nacional vitoriosa”, afirmou a presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Rosalina Amorim.Sérgio Trindade ressaltou a necessidade de coletividade, unidade e mobilização dos empregados do Banco da Amazônia na Campanha Nacional 2012

Coletividade, unidade e mobilização são as palavras de ordem que irão nortear as estratégias da campanha específica no Banco da Amazônia. “O nosso calendário de mobilizações tem que ser coletivo, temos que entrar e sair da greve juntos com todos os bancários e bancárias do Brasil, pois só assim uma Campanha é considerada forte e representativa”, ressaltou o vice-presidente do Sindicato e empregado do Banco da Amazônia, Sérgio Trindade.

O vice-presidente da Contraf-CUT, Carlos Souza parabenizou a iniciativa. “Esse encontro é o início da Campanha Nacional do funcionalismo do Banco da Amazônia, é aqui que vamos definir o que queremos para o futuro de todos os trabalhadores desse Banco. Enquanto o capital tenta dividir os trabalhadores, cabe às unidades sindicais juntá-los Cristiano Moreno alertou a categoria sobre o pagamento de viagens de gestores com o dinheiro da PLRnessa luta, pois só com união e mobilização é que as coisas acontecem. A Contraf está disposta em acompanhar e dar o suporte técnico e político nas negociações específicas também”.

“Precisamos parar de culpar o bancário que assumiu determinada função e por isso impediu a promoção do outro. Precisamos nos unir e lutar contra essa crise orgânica criada pelo próprio Banco. Nossa PLR está sendo usada para bancar viagens de gestores. Essa é a realidade no Banco da Amazônia, uns ficam com luxo e outros com o lixo”, relatou o diretor do Sindicato e empregado do Banco, Cristiano Moreno.

Rômulo Weyl defendeu um melhor plano de saúde para a categoria“Os empregados do Banco da Amazônia precisam estar unidos para podermos pressionar o Banco e arrancar novas conquistas, sobretudo no que diz respeito ao nosso PCCS e ao Plano de Saúde”, destacou o diretor do Sindicato e empregado do Banco da Amazônia, Rômulo Weyl.
Marco Aurélio Vaz apresentou as propostas dos TCs
“Também devemos aproveitar esse momento de Campanha Nacional para avançar na luta contra as terceirizações no Banco da Amazônia, que afeta principalmente a área da Tecnologia da informação. Nossa luta deve ser por valorização do trabalho bancários, com salários e condições de trabalho decentes”, reforçou o diretor do Sindicato e empregado do Banco, Marco Aurélio Vaz.

É hora de repensar estratégias – “Da década de 90 pra cá, a estrutura dos bancos mudou, hoje o que vemos dentro das agências bancárias são pessoas mais novas que nasceram na década do neoliberalismo, encantadas com a lógica do capital e promessas de que em até 3 anos de trabalho, é possível ocupar um cargo de gerente. Isso na verdade é a rotatividade, uma das piores da história do país. O trabalhador tem medo da demissão, as metas crescem com uma lógica da exploração da mão de obra bancária. Devemos lutar contra isso, mas é preciso chamar os trabalhadores para somarem a essa luta e fazer dela uma batalha vitoriosa para todos”, destacou o vice-presidente da Contraf-CUT.

Para o Dieese cenário econômico atual é favorável às negociaçõesCenário econômico atual é favorável – “Em 2012, mesmo com a relativa redução do lucro líquido em algumas instituições financeiras, os números dos bancos continuaram apontando ótimo desempenho. Só com a receita de prestações de serviços, os bancos conseguem pagar todas as despesas com pessoal e, ainda, ter algum excedente. Outra dica é ter como referência o piso do Dieese e ver os pisos nos bancos públicos como estratégia de negociação”, afirmou o economista do Dieese, Pedro Tupinambá.

De acordo com pesquisa do Dieese, no último ano, as receitas com os serviços prestados, nos seis maiores bancos, incluindo as rendas com as tarifas bancárias, cresceram 17%, totalizando R$ 75,8 bilhões, acréscimo de pouco mais de R$ 9 bilhões, em relação às observadas no ano anterior. Enquanto que as despesas de pessoal, no mesmo período, foram de R$ 59,5 bilhões.
Minuta é aprovada por unanimidade
Minuta do Banco da Amazônia é aprovada por unanimidade – Mudanças nos critérios de avaliação, criar estratégias de função, aumentar para 5 o número de dias de licença por falecimento de pai, mãe, cônjuge e filhos, igualar os critérios de promoção por merecimento e antiguidade dos TBs com os dos TCs, diminuir a diferença de salários e comissões para cargos abaixo de gerência, melhorar a estrutura das agências na capital e no interior. Estes foram alguns dos principais assuntos discutidos e aprovados, por unanimidade, que estarão na minuta do Banco da Amazônia.

Os bancários também aprovaram a sugestão da presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim em referendar a minuta do ano passado, e também foi definido que até novembro desse ano, deve acontecer em Belém um fórum específico para discutir o atual plano de saúde dos trabalhadores.

Vera Yokota aprovou a realização de um seminário para discutir o plano de saúde no Banco“Precisamos repensar no atual plano de saúde do funcionalismo do Banco da Amazônia, uma das sugestões é a incorporação de bons convênios. A realização de um seminário é de extrema importância para que todos os trabalhadores relatem suas dificuldades e assim construamos um plano da CASF que atenda a todos os trabalhadores e seus dependentes”, sugeriu a empregada do Banco da Amazônia em São Paulo, Vera Yokota.

 

 

 

Fonte: Bancários PA

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