Banco da Amazônia diz que indicadores impedem pagamento da PLR 2017

0

Mesa PLR BASA 2Apesar de o balanço financeiro apontar lucro no primeiro semestre de 2017, o Banco da Amazônia afirma não apresentar condições para o pagamento, nem mesmo, da antecipação da PLR 2017 de seus empregados.

De acordo com a apresentação do relatório de PLR com base em setembro desse ano feita às entidades sindicais na tarde dessa terça-feira (21), o Banco ainda não cumpriu as metas impostas pela SEST em 5 dos 6 indicadores do módulo básico. Quanto ao módulo social, o Banco ainda não atingiu a meta que garante a distribuição dos 3% no único indicador deste módulo.

O Banco da Amazônia justifica esse posicionamento com a alegação de que esta é uma determinação do Governo Federal desde 2015 para todas as empresas estatais, através da Lei de PLR, e que não tem como fugir dessa obrigação. Além disso, também defende que a instituição não possui argumentos técnicos para garantir, no momento, nem mesmo a antecipação da PLR 2017.

O Sindicato dos Bancários, Contraf-CUT e Fetec-CUT Centro Norte, por sua vez, reivindicaram o mesmo que foi defendido durante o ato público realizado na manhã dessa terça-feira, em frente à matriz do Banco, em Belém: o pagamento integral da PLR, independente dos indicadores e das metas impostas pela SEST.

Mesa PLR BASA 3“Os trabalhadores, em nenhum momento, participaram da construção desses indicadores que o Banco da Amazônia submete à aprovação da SEST para distribuição da PLR. Além disso, sabemos que não há condições para o atingimento dessas metas impostas de forma unilateral, devido à política de reestruturação adotada, com fechamento de agencia e redução do quadro pessoal. Se o Banco alega não ter espaço para esse debate, teremos que convocar assembleia dos empregados para definir nossos próximos passos nessa questão da PLR”, afirma o presidente do Sindicato, Gilmar Santos.

“As entidades sindicais nunca aceitaram metas como parâmetro para distribuição da PLR. E pela mesma Lei da PLR que o Banco argumenta, as regras de distribuição do lucro devem ser negociadas com as entidades representativas da categoria. O banco diz que quer discutir os indicadores de meta conosco, mas como debater agora em novembro? Não há coerência para isso. Nesse sentido, registramos que queremos a garantia da antecipação da PLR e que vamos lutar por isso”, ressalta o diretor da Fetec-CUT/CN e empregado do Banco, Sérgio Trindade.

Situação financeira atual

No 1º semestre de 2017, o Banco da Amazônia registrou um saldo de R$ 24,39 bilhões na sua carteira de crédito de fomento e comercial, incluindo os investimentos feitos com recursos do FNO (Fundo Constitucional de Financiamento do Norte). Os ativos totais do banco, somados aos do FNO, chegaram ao montante de R$ 40,24 bilhões e o Resultado Operacional foi na ordem de R$ 96,31 milhões.

Assim, o Banco encerrou o 1º semestre de 2017 com Patrimônio Líquido de R$ 1,97 bilhão, superior em 0,5% em relação ao mesmo período de 2016 (R$ 1,96 bilhão). A instituição registrou um lucro líquido de R$ 12,5 milhões. Além disso, o Banco reduziu suas despesas administrativas e alcançou no período em questão, redução de 1,65% quando o valor registrado foi de R$ 391,46 milhões, comparado ao 1º semestre de 2016, que foi R$ 398,02 milhões.

“Em época de crise ou não, as instituições financeiras nunca terão crise, os números comprovam. É um absurdo que no Banco da Amazônia tenhamos que brigar pelo que é nosso por direito, garantido em acordo, e termos ainda que ouvir várias desculpas incoerentes, enquanto o funcionalismo faz a sua parte diariamente, da melhor forma possível, para que o Banco cumpra seu papel. A espera pela PLR tem sido longa e a necessidade por esse adiantamento só aumenta com o passar dos dias. Isso é apenas um reflexo de que não está tudo bem aqui nesse Banco, como vemos quase que diariamente na imprensa local”, destaca a diretora do Sindicato e empregada do banco, Suzana Gaia.

Ponto Eletrônico

Ao final da reunião os dirigentes sindicais protocolaram um ofício com as ponderações das entidades de base sobre a minuta do Ponto Eletrônico e aguardam uma nova rodada com o banco para tratar sobre o assunto.

Representaram os bancários e bancárias na mesa permanente de hoje o presidente do Sindicato dos Bancários, Gilmar Santos, a dirigente do Sindicato Suzana Gaia, os diretores da Fetec/CUT-CN Sérgio Trindade e Ronaldo Fernades, e o assessor jurídico do Sindicato Luiz Fernando Galiza. A ausência de Rosalina Amorim pela Contraf-CUT foi justificada.

Fonte: Bancários PA

Comments are closed.