Categoria bancária resiste e diz não à ‘reforma’ trabalhista

0

“Elas resistem de lá (senadoras do PT, PCdoB e PSB ocuparam a mesa do Senado para impedir a votação da reforma) e nós resistimos daqui, pois a ‘reforma’ trabalhista não pode passar”, destaca o presidente do Sindicato dos Bancários do Pará, Gilmar Santos, durante o ato da resistência em Belém. Foram 4 horas de manifestação em frente à matriz do Banco da Amazônia, na capital paraense, juntos, bancários, bancárias, dirigentes sindicais da CUT e CTB expuseram para os trabalhadores e trabalhadoras que ali passavam que se a ‘reforma’ passar, a vida de toda a classe vai piorar.

“Não é só a categoria bancária que vai sofrer as conseqüências, nós somos só uma parte de toda uma classe que esse governo golpista quer prejudicar retirando direitos garantidos na CLT desde 1943, além de outros aprovados em acordos coletivos, que se essa ‘reforma’ passar, deixarão de ter força, uma vez que o negociado vai prevalecer sobre o legislado, ou seja, patrões e empregados poderão estabelecer regras na empresa independentemente do que prevê a lei trabalhista, o resultado disso todo mundo já sabe, o lado mais forte dita as regras”, esclarece Santos.

Mas o retrocesso vai muito mais além, outro ponto do PLC 38/2017 que vai atingir em cheio a categoria bancária é o fim da gratificação para quem tem cargo de confiança. Atualmente a gratificação paga para quem está em cargo de confiança, que hoje é em torno de 55% do salário básico, é incorporada ao salário do empregado, caso este fique no cargo por mais de 10 anos. A proposta da ‘reforma’ trabalhista remove essa exigência temporal, não incorporando mais a gratificação à remuneração quando o empregado é revertido ao cargo anterior.

“Querem nos fragilizar, bancários e bancárias, de bancos públicos com essa proposta; fazendo com que muitos se sujeitem a chantagens e ameaças para não perder o comissionamento que vai atingir diretamente a renda e o padrão de vida de muitos colegas. Esses golpistas aproveitam que grande parte da classe trabalhadora está em férias com a família, perto do período de recesso, para empurrar uma ‘reforma’ que em nada melhora a vida do trabalhador e só visa o enriquecimento dos patrões e dos banqueiros, favorecendo o aumento da pobreza e da desigualdade social em nosso país”, comenta a diretora de formação do Sindicato, da CUT-PA e bancária do Banpará, Vera Paoloni.

Feirão – Durante o ato de resistência teve a distribuição gratuita de frutas (banana e abacaxi), além de peixe a trabalhadores e trabalhadoras que passaram pelo local, mas principalmente para muitos pais e mães de família desempregados que, pelo menos hoje, tiveram a oportunidade de fazer uma refeição, ali mesmo, sentados no chão.

A escolha dos alimentos foi uma simbologia ao que o governo ilegítimo de Michel Temer significa para a classe trabalhadora. “Um governo pitiú, golpista, que dá banana para os direitos dos trabalhadores e trabalhadoras e deixa um abacaxi para a sociedade descascar. Fora Temer! Não ao retrocesso!”, explica o diretor de esportes do Sindicato, da CTB e bancário aposentado do BB, Marcão Araújo.

75 anos do Banco da Amazônia – Ainda no ato da resistência, teve bolo com direito à parabéns pra você! Mas as felicitações pelos 75 anos do Banco da Amazônia, celebrado no último domingo, foram para os guerreiros bancários e bancárias guerreiros da instituição que, infelizmente, não têm recebido o reconhecimento que merecem.

“Nós, empregados e empregadas do Banco da Amazônia, estamos diante de uma administração que tem feito uma gestão meramente institucional, sem pensar na valorização e crescimento de seu funcionalismo, que insatisfeito tem pedido demissão ou procurado outras oportunidades. Valorização é ir além de resultados financeiros, é pensar além, é pensar no todo. Parabenizamos o banco pela sua existência e pelo que ele deveria representar à nossa região, que seria o fomento, mas que infelizmente essa direção tem ignorado”, destaca o dirigente sindical e empregado do banco, Sérgio Trindade.

Clique aqui e saiba quais outras mudanças com a ‘reforma’ trabalhista

[Best_Wordpress_Gallery id=”102″ gal_title=”Ato de resistência contra reforma trabalhista (11.07)”]

Fonte: Bancários PA

Comments are closed.