Categoria paralisa agências do Itaú em Belém contra reforma trabalhista

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Agência Nazaré fechada

O mês de fevereiro começou com a categoria bancária em luta, em todo país, contra uma série de arbitrariedades praticadas pelo Banco Itaú contra os direitos dos trabalhadores. Na manhã dessa quinta-feira (1º/02) as agências Doca e Nazaré, em Belém, tiveram suas atividades suspensas durante todo o dia em protesto pelo início da implantação da reforma trabalhista pelo banco. Manifestação semelhante ocorreu na quarta-feira (31) no Banco Santander, também na capital paraense.

Agência Doca fechada

O Itaú, através de seu diretor de RH e Relações Sindicais, Sergio Farjeman, informou que as homologações não serão mais feitas nos sindicatos, o que deixa o trabalhador sem a assistência jurídica e sindical para a conferência dos valores devidos pelo banco.

Gilmar Santos

 

 

“Dando sequência a nossa luta de enfrentamento à implementação da Reforma Trabalhista nos bancos hoje estamos juntos com todos os bancários e bancárias do Itaú no Brasil inteiro. Santander e Itaú resolveram, unilateralmente, passar por cima da Convenção Coletiva de Trabalho vigente (2016/2018) para impor uma série de efeitos nocivos da antirreforma trabalhista. Por isso, estamos em luta contra essa postura de retirada de direitos dos bancários e bancárias a qualquer custo. Resistiremos em luta, pois só a luta nos garante conquistas”, enfatizou o presidente do Sindicato dos Bancários do Pará, Gilmar Santos.

“Esse é um dia nacional de luta contra o Itaú, em virtude do desrespeito dos banqueiros que querem descumprir nossa CCT conquistada na última greve. Esse desmanche da reforma trabalhista está sendo vivenciado, na prática, dentro das agências. Estamos mostrando para o banqueiro que a luta continua e que não abrimos mão dos nossos direitos”, destaca o diretor de bancos privados do Sindicato, Saulo Araújo.

“Queremos o apoio de todos os bancários e bancárias, não só do Itaú, mas de todos os outros bancos para essa luta contra a antirreforma trabalhista nos bancos. A unidade da categoria é fundamental para que a gente possa ter a garantia dos direitos que nós conquistamos até hoje. Sabemos que essa reforma foi encomendada pelos banqueiros, mas não aceitamos que eles atropelem nossa convenção coletiva para prejudicar a categoria e ampliar seus lucros”, afirma o dirigente do sindicato e funcionário do Itaú, Sandro Mattos.

Termo de Compromisso

O Comando Nacional tenta negociar desde agosto de 2017 com a Fenaban um Termo de Compromisso para resguardar as conquistas da CCT 2016/2018 dos efeitos da reforma trabalhista. Por outro lado, enquanto a Fenaban não atende ao pleito do Comando Nacional dos Bancários, a categoria segue em negociação específica permanente com o Itaú.

“Devido ao acordo campanha de 2016, temos vários direitos garantidos até 31 de agosto de 2018. Nos antecipamos com as negociações para buscar evitar perdas. Com a nova lei trabalhista, se não assinarmos da vigência da convenção atual, podemos amanhecer no dia 1º de setembro sem nenhum direito garantido. E esse Dia Nacional de Luta serve para demonstrar ao Itaú que estamos alerta e mobilizados para lutar e resistir contra qualquer retirada de direitos”, reforça o dirigente do Sindicato e funcionário do Itaú, Victor Hugo Lemos.

Fonte: Bancários PA

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