Com 12,7 milhões de desempregados, país bate recorde de subutilização e desalento

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A taxa de desemprego subiu para 12,9% no trimestre móvel encerrado em maio de 2020, em relação ao trimestre anterior (11,6%), e atinge 12,7 milhões de trabalhadores e trabalhadoras.

Entre os trimestres de março, abril e maio deste ano, que pesquisou o mercado de trabalho em plena pandemia do novo coronavírus (Covid-19), e o anterior (dezembro de 2019 a fevereiro de 2020), 368 mil trabalhadores perderam o emprego. Quando comparado ao mesmo trimestre de 2019, os dados apontam que 7,8 milhões de trabalhadores ficaram desempregadas.

Os dados são Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (PNAD) Contínua, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e foram divulgados nesta terça-feira (30).

As taxas de subutilização e o desalento bateram novos recordes da série histórica enquanto a de informalidade caiu, mais um reflexo das medidas de isolamento social que impediu as pessoas de procurar emprego e fazer bicos nas ruas.

A subutilização, pessoas que não trabalharam ou trabalharam menos do que gostariam no período, atingiu 30,4 milhões de trabalhadores. O crescimento em relação ao trimestre anterior foi de 13,4%, ou seja, 3,6 milhões de pessoas a mais.

Já a de desalento, trabalhadores que muito procuraram, não conseguiram e desistiram de tentar um novo emprego, também bateu recorde e foi de 15,3% em relação do trimestre anterior. No total, o desalento atingiu 5,4 milhões de trabalhadores.

Com as restrições de circulação para conter a disseminação do novo coronavírus, a taxa que mais caiu foi a de informalidade (37,6%), o que equivale a 32,3 milhões de trabalhadores informais. Foi a menor taxa da série, iniciada em 2016. No trimestre anterior, a taxa havia sido 40,6% e no mesmo trimestre de 2019, 41,0%.

O número de trabalhadores por conta própria também caiu nesse período de isolamento social e foi para 22,4 milhões de pessoas – redução de 8,4% frente ao trimestre anterior e de 6,7% frente a igual período de 2019.

O número de trabalhadores com carteira de trabalho assinada no setor privado (exclusive trabalhadores domésticos) caiu para 31,1 milhões, menor nível da série, sendo 7,5% abaixo (-2,5 milhões de pessoas) do trimestre anterior e 6,4% abaixo (-2,1 milhões de pessoas a menos) do mesmo período de 2019.

Já o número de trabalhadores sem carteira assinada no setor privado (9,2 milhões de pessoas) apresentou uma redução de 2,4 milhão de pessoas (-20,8%) em relação ao trimestre anterior e 2,2 milhões de pessoas (-19,0%) em relação ao mesmo trimestre do ano anterior.

Confira aqui a íntegra da pesquisa

 

Fonte: CUT Nacional

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