Condições de trabalho e compensação de dias parados são temas de reunião com a superintendência do BB

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Na última terça-feira (13), o Sindicato reuniu com a superintendência do Banco do Brasil (BB) em Belém, mesmo dia em que a Contraf-CUT, federações e demais sindicatos se reuniam com o BB em Brasília. Aqui em Belém, a reunião foi para cobrar melhoria nas condições de trabalho, contratações de mais funcionários e fim do assédio para a compensação dos dias parados durante a greve desse ano. Participaram da reunião, pelo Sindicato, a Presidenta Rosalina Amorim e o Diretor de Formação, Alberto Cunha, ambos funcionários do BB.

Condições de trabalho – O problema é recorrente em diversos municípios do Estado, mas em Marabá e Altamira, a necessidade de melhores condições de trabalho se torna cada vez mais urgente. “Nas últimas caravanas que fizemos a essas duas cidades constatamos de perto a sobrecarga de trabalho e a falta de estrutura nas agências. O BB precisa dar mais atenção às condições de trabalho dos bancários principalmente os do interior do Estado. São medidas que precisam ser implantadas urgentemente, como a melhoria do sistema de ar condicionado Sindicato cobra melhorias nas agências do BBnas agências de Marabá e região e a resolução do caos instalado em Altamira”, destacou a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.

O Banco do Brasil informou que já foi aprovada a compra de novos equipamentos de ar condicionado para a agência Praça São Francisco e a contratação de uma nova empresa para realizar a manutenção dos aparelhos. O superintendente do BB, Carlos Alberto Silva também afirmou que a agência Marabá será ampliada e uma nova unidade já está prevista para ser inaugurada em fevereiro de 2013 no município.

Sobre Altamira, o Gerad da superintendência, Ricardo Rodrigues afirmou que como medida emergencial serão enviados até a próxima segunda (19), três funcionários adidos para a agência. Uma unidade do Seret também está prevista para o município, porém sem data para inauguração. Além disso, a superintedência irá reunir com órgãos regionais na próxima semana para discutir melhorias nas condições de trabalho em Altamira.

A situação dos bancários e bancárias do município do oeste paraense também esteve na pauta da reunião que ocorreu em Brasília. O diretor do Sindicato e também funcionário do BB, Gilmar Santos entregou um ofício cobrando soluções urgentes para o funcionalismo da cidade.

A agência de Santo Antonio do Tauá foi novamente tema de reunião. Dessa vez, a superintendência garantiu que a unidade irá passar por uma reforma e em breve a agência terá um novo espaço mais amplo.

Mais contratações – O Sindicato também cobrou a retomada das contratações de novos bancários no Estado que haviam sido suspensas durante a greve e retomadas logo após a assinatura do acordo em alguns estados. No Pará, o retorno das contratações não ocorreu, apesar da notória deficiência de pessoal. Os representantes do banco afirmaram que essa demanda será analisada junto à Dipes.

Compensação dias parados – O assunto já foi tema de várias reuniões entre as entidades sindicais e o BB em São Paulo, Brasília, junto ao Governo Federal, denúncias junto ao MPT e agora com a superintendência do Pará. Uma das condições para que os bancários assinassem o acordo coletivo 2012-2013 foi a de não haver desconto dos dias de greve ou mesmo qualquer outra medida contra os trabalhadores que exerceram o direito de greve.

Porém, o BB editou normativo interno onde, de forma discriminatória, determina a suspensão unilateral da concessão das férias, abono e licença-prêmio que já haviam sido anteriormente programadas, deferidas e comunicadas. O normativo interno do banco determina: “Os afastamentos abonados previstos até 15.12.2012 (abonos, férias, licença-prêmio) deverão ser reavaliados, priorizando o pagamento do saldo de horas extras referente aos dias não trabalhados”.

“Além disso, o BB está assediando os trabalhadores grevistas. As pessoas possuem diversos compromissos já assumidos e o BB não pode impor a compensação de horas de acordo com critérios unilaterais, que não levem em consideração a situação específica de cada trabalhador. Muitos frequentam universidades, tem filhos pequenos que necessitam de sua atenção, consultas médicas, etc., e o BB ignora essa realidade exigindo a compensação de cada minuto de greve com duas horas diárias obrigatórias, o que é um abuso”, explica o diretor do Sindicato e também funcionário do BB, Alberto Cunha.

CCT garante – A cláusula 56ª da CCT garante que os dias não trabalhados entre 18 de setembro de 2012 e 26 de setembro de 2012, por motivo de paralisação, não serão descontados e serão compensados, com a prestação de jornada suplementar de trabalho no período compreendido entre a data da assinatura desta Convenção Coletiva de Trabalho até 15 de dezembro de 2012, e, por consequência, não será considerada como jornada extraordinária, nos termos da lei. Além disso, eventual saldo não compensado até aquela data deve ser anistiado.

 

Fonte: Bancários PA, com Contraf-CUT

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