“A Conjuntura Nacional, o Golpe e as novas relações de Trabalho” é tema de curso de formação com os delegados sindicais

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Além dos dirigentes sindicais liberados, o Sindicato tem representantes no próprio local de trabalho da categoria, que são os delegados e delegadas sindicais eleitos pelos colegas para mandato de 1 ano.

“Para que uma pessoa exerça qualquer função que lhe for atribuída, ela precisa de uma formação específica e por isso, pelo menos uma vez ao ano, reunimos todos os nossos delegados e delegadas em nossa sede para um curso que possa prepará-los ainda mais para serem representantes da nossa entidade no seu local de trabalho”, explica o presidente do Sindicato, Gilmar Santos.

Em um ano que trouxe as conseqüências de uma ‘reforma’ trabalhista acompanhada de um golpe, o tema escolhido para o curso de formação veio a calhar com uma realidade cheia de dúvida e que precisa ser enfrentada.

Palestra com o professor Trindade“A Conjuntura Nacional, o Golpe e as novas relações de Trabalho” foi ministrada pelo professor de Economia da UFPA, José Raimundo Trindade, que ratificou que o golpe, em 2016, foi contra a classe trabalhadora e a soberania nacional.

“O golpe continua e desde o início do ano passa por uma nova fase, como a pauta de segurança pública via intervenção no Rio, sendo que um dos objetivos desse ato é criminalizar os movimentos sociais urbanos.

Ainda de acordo com Trindade, o golpe tem afetado também outras esferas da sociedade, principalmente a economia. “Temos observado declínios paulatinos da renda média no Brasil, sendo que os reajustes médios foram abaixo da inflação. A informalidade e o trabalho intermitente cresceram e com esses dados, a grande mídia repercute como geração de emprego e renda, que na verdade é a precarização do trabalhador diante do aumento do lucro empresarial. E para fazermos o enfrentamento, deve-se ter uma nova pauta para convencer os trabalhadores ao engajamento nas lutas, abordando inclusive, a importância da contribuição financeira”, sugere o economista.

A bancária e delegada pela primeira vez no Banco da Amazônia em Belém, Lidiane Monteiro, conta que desejo em ser mais do que uma sindicalizada, veio após a delegada sindical na gerência onde ela trabalha sair do banco. “Sou associada desde que entrei no banco, mas nunca participei efetivamente das ações do Sindicato”.

Após o curso, ela diz se sentir melhor preparada como representante do Sindicato na base. “Como delegada nova me sentia um pouco desorientada em relação ao Sindicato, mas com o curso me senti mais envolvida! O curso foi super interessante e abordou assuntos atuais relacionados ao nosso dia a dia, e que eu ainda tinha muitas dúvidas e consegui entender melhor através da palestra do professor Trindade e dos dirigentes sindicais. Espero que tenham outros e que chamem mais os delegados a participarem da rotina e ações do Sindicato”, define.

O curso de formação foi encerrado com uma oficina de comunicação realizada pela equipe de Comunicação do Sindicato que conta atualmente com um diretor, Victor Araújo, um assessor, Allan Tomaz, uma jornalista, Ticiane Rodrigues, um designer, Antonio Costa, um escriturário, Diego Belém e duas estagiárias, Joyce Alves e Laysa Souza.

“Os delegados e delegadas também podem contribuir com sugestões de pautas para o nosso site e nessa oficina buscamos levar para eles como funciona o nosso trabalho e de que forma eles podem ser nossas fontes, explicando o que é um texto jornalístico e nossas produções na internet e redes sociais”, explica Allan Tomaz.

 

Fonte: Bancários PA

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