Dia de negociação é dia também de mobilização no Banpará

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Greve no Banpará segue firme e forte nesse oitavo dia de paralisaçãoAs primeiras horas da manhã desta terça-feira (11), que antecederam a segunda rodada de negociação específica com o Banpará, foram marcadas por manifestações em frente à matriz do banco em Belém.

Os bancários e bancárias ocuparam a calçada da agência para ouvir as entidades que informaram como foi a audiência de conciliação ocorrida ontem na sede do Tribunal Regional do Trabalho e ainda esclarecer sobre o mandado de segurança.Rosalina Amorim:

“A greve continua firme e forte no Banpará. Infelizmente, mais uma vez, a direção do banco tenta confundir os trabalhadores. Queremos deixar bem claro que nossa paralisação por tempo indeterminado sempre foi legítima e só vai acabar quando o Banpará tiver a decência de sentar para negociar efetivamente com as entidades. O banco vai tentar de todas as formas enfraquecer nosso movimento, mas se esquece que greve se faz no convencimento e a categoria tem motivos o suficiente para aderir ao movimento e manter a greve forte”, ressaltou a presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Rosalina Amorim.

Odinéa-Gonçalves: “A audiência de conciliação foi bastante positiva na avaliação das entidades, esperamos que o banco tenha entendido claramente a proposta da desembargadora e apresente propostas concretas que o funcionalismo espera. Vamos continuar nossa mobilização aqui do lado de fora, enquanto a negociação acontece lá dentro”, destacou a diretora do Sindicato e funcionária do Banpará, Odinéa Gonçalves.

Confira aqui como foi a segunda audiência de conciliação

Contraf, CUT e bancada do PT apoiaram a manifestação – A Central Única dos Trabalhadores (CUT-PA) também esteve presente na manifestação desta terça para apoiar a greve do funcionalismo do Banpará. “A CUT é a maior representação dos trabalhadores do país e sempre apóia qualquer movimento grevista legítimo, pois acreditamos que é fazendo doer o bolso dos patrões que eles se sensibilizam com a causa dos trabalhadores e resolvem ceder”, afirmou o presidente da CUT-PA, Martinho Souza.Vera-Paoloni:

A diretora de Comunicação da Central, Vera Paoloni lembrou a história de luta da CUT. “A CUT batalha para afastar o aparelho do Estado da luta dos trabalhadores. O Banpará não depende do Estado, quem faz esse banco são os trabalhadores e trabalhadoras que merecem reconhecimento e valorização de fato”.

Ontem, durante a audiência de conciliação, uma das justificativas do banco em não ter apresentado até agora respostas concretas ao seu funcionalismo deve-se ao cenário político e econômico atual, que segundo a diretoria do Banpará seria desfavorável, mesmo o banco sendo considerada a quinta melhor instituição financeira do país.

Deputado federal Claudio Puty levou solidariedade e apoio à greve do funcionalismo do BanparáQuem também compareceu ao ato público foi a bancada do PT que esteve representada pelos vereadores Otávio Pinheiro, Marquinho do PT e pelo deputado federal, Cláudio Puty. “Há dois anos atrás o cenário de negociação com o Banpará era outro. A direção do banco valorizava seus trabalhadores e não era intransigente como é agora. O funcionalismo não temia a privatização que pode acontecer a qualquer momento com o Banpará. Eu e toda bancada, estadual e federal, do PT nos solidarizamos com o funcionalismo e apoiamos esse movimento”, ressaltou Puty.Adilson Barros, da Contraf: 'As conquistas dos bancários só vieram com pressão da categoria'

A Contraf-CUT, que esteve representada pelo secretário de relações de trabalho, Adilson Barros, tem acompanhado as negociações e greve no Banpará desde o primeiro dia. “Todas as conquistas da categoria bancária vieram após a pressão feita pelos trabalhadores através da greve, que é um instrumento de luta de classe legítimo. A Confederação acompanha de perto as negociações específicas para fortalecer o movimento, organizar a mobilização e pressionar os banqueiros”, reforçou o dirigente sindical.

Às 17h tem assembleia – Na sede do Sindicato em Belém, os trabalhadores e trabalhadoras do Banpará se reúnem mais uma vez para organizar a greve do dia seguinte e se hoje tiver novidade na negociação, apresentar ao funcionalismo, para aprovação ou rejeição. A assembleia acontece logo mais, às 17h. Compareça e fortaleça a luta!

Fonte: Bancários PA

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