Em Belém, mulheres saíram às ruas contra todas as formas de violência

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Nas ruas pelo fim da violênciaCrianças, adolescentes, mães, donas de casa, aposentadas, de todas as idades. As mulheres paraenses botaram o bloco na rua contra todas as formas de violência, no último sábado (8), Dia Internacional da Mulher.Rosalina Amorim (com a bandeira)

Faixas, cartazes, pinturas pelo corpo e palavras de ordem retratavam muito bem o que todas queriam não só naquela data, mas para todos os dias. “Nós queremos respeito dentro e fora de casa. Esse respeito não se resume apenas em cumprimentos, mas também nas oportunidades de emprego, em melhores salários na igualdade e na paridade. Mesmo sendo mais escolarizadas que os homens, nós mulheres bancárias recebemos menos que eles, estando na mesma função”, destacou a presidenta do Sindicato dos Bancários, Rosalina Amorim que acompanhou a passeata pelas principais ruas do centro de Belém.Tatiana Oliveira (centro)

Alguns acompanharam a passeata ainda na barriga da mãeMuitas mulheres também levaram seus companheiros, filhos e filhas (alguns ainda nem nascidos) para que desde cedo e juntos possam aprender o real significado do 8 de março, uma data que não foi criada para homenagens, presentes e flores. “O 8 de março começou numa greve e depois se internacionalizou por decisão de mulheres socialistas. Essa data não existe para enaltecer a mulher por conseguir fazer mil coisas ao mesmo tempo. Muitas morreram lutando exatamente para se libertar dessa exploração e hoje, em pleno século XXI, continuamos essa luta contra a exploração, o machismo e tantas outras formas de opressão contra nós”, explica a diretora do Sindicato que também faz parte da Marcha Mundial das Mulheres (MMM), Tatiana Oliveira.Pinturas pelo corpo retratavam muito bem o que todas queriam

Mulheres botaram o bloco na rua contra todas as formas de violênciaPelo fim da violência – Outro pedido foi pelo fim da violência contra a mulher. “Pesquisas revelam que a cada dois minutos, cinco mulheres são espancadas no Brasil e em muitos desses casos, o desfecho é trágico. A gente tem que se conscientizar para quebrar esse paradigma. Machismo não é normal, machismo não é saudável, machismo é violento”, defende outra representante da MMM no Pará, Lorena Abrahão.

No mês passado, a advogada e procuradora de Itaituba, oeste do Pará, Leda Marta dos Santos, a filha dela, Hanna Estella e a funcionária da família, Taiana Siqueira foram assassinadas a facadas. O principal suspeito de ser o mandante do crime é o ex-marido da magistrada, o também advogado Altair dos Santos, que já está preso. Segundo as investigações, o acusado não aceitava o fim do relacionamento e ameaçava a vítima.Famílias presentes no ato

Mãe e filha juntas na passeataReforma política –
Outra bandeira defendida foi o plebiscito pela defesa de uma constituinte exclusiva e soberana do sistema político, construído em conjunto com outros movimentos e centrais sindicais. A proposta, entre outras questões, aponta para maior presença das mulheres, que hoje ocupam apenas 9% dos mandatos na Câmara dos Deputados e 12% no Senado.


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Fonte: Bancários PA


 

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