Em plena pandemia, Banco do Brasil ataca com nova reestruturação

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Novo pacote de maldade do Governo Bolsonaro prevê desativação de 361 unidades e desligamento de 5 mil bancários e bancárias do BB

O Sindicato tomou conhecimento na manhã desta segunda-feira, 11 de janeiro, de comunicado ao mercado feito pelo Banco do Brasil, que anuncia uma profunda reestruturação com impactos em todas as unidades do banco, a qual prevê o fechamento de agencias e outras unidades, além de um Plano de Demissões Voluntários (PDV) que tem por meta dispensar 5 mil trabalhadores do banco, entre outras medidas consideradas muito ruins.

O plano de reestruturação do BB prevê mudanças em 870 pontos de atendimento por meio do fechamento de agências, postos de atendimento e escritórios e a conversão de 243 agências em postos. Também estão previstas a transformação de oito postos de atendimento em agências, de 145 unidades de negócios em Lojas BB, além da relocalização e 85 unidades de negócios e a criação de 28 unidades de negócios.

O PDV prevê duas modalidades de desligamento: o Programa de Adequação de Quadros (PAQ), para o que a direção do banco considera excessos nas unidades; e o Programa de Desligamento Extraordinário (PDE), para todos os funcionários do BB que atenderem aos pré-requisitos.

O banco também quer fazer mudanças no atual modelo de remuneração dos caixas executivos, que deixariam de ter a gratificação permanente a passariam a ter uma gratificação proporcional apenas aos dias de atuação, se houver.

“O plano de restruturação do Banco do Brasil é mais um ataque do Governo Bolsonaro conta a nossa categoria e pode causar, na prática, a redução do papel do Banco do Brasil como banco público, com o fechamento de agências em diversas cidades do país. Vamos mobilizar a categoria e a sociedade para barrar esse plano perverso que tem o objetivo de privatizar o BB e ameaça, inclusive, a soberania nacional”, afirma o diretor do Sindicato dos Bancários do Pará e funcionário do Banco do Brasil, Gilmar Santos.

Reunião da CEBB

Na manhã de hoje, às 11h, houve reunião da Comissão de Empregados do Banco do Brasil (CEBB) e seus representantes admitiram que não tinham todas as informações sobre esta proposta de reestruturação por ser o dia do anúncio do plano.

“Estudamos medidas judiciais e orientamos os bancários que procurem seus sindicatos para mais informações. O anúncio do plano provocou muita preocupação entre os funcionários. Agora, quem está em home office vai querer voltar a trabalhar presencialmente porque está preocupado para não deixar de ser notado em um momento de redução de pessoal. Tudo isso acontece em meio à pandemia”, criticou João Fukunaga, coordenador nacional da CEBB.

A CEBB vai realizar nova reunião na quarta-feira (13) para discutir um calendário de lutas e de mobilização dos funcionários.

 

Fonte: Bancários PA, com informações da Contraf-CUT e Bancários DF

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