Empregados da Caixa criticam propostas para promoção por mérito

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O primeiro debate sobre a promoção por mérito na Caixa Econômica Federal foi considerado insatisfatório pelos representantes dos trabalhadores na comissão paritária do Plano de Cargos e Salários (PCS), criada para debater e formular uma proposta de critérios para o exercício de 2015. Isto porque a empresa quer vincular a sistemática de promoções ao cumprimento de metas e às AREGs (Autorização de Regularização do Ponto Eletrônico). Os membros desse fórum se reuniram nesta quarta-feira (28), em Brasília, e uma nova reunião está agendada para o dia 4 de fevereiro.

“Lamentamos mais uma vez que a Caixa tente impor métodos utilizados em bancos privados, sem levar em conta o papel social da empresa. Não aceitamos, por exemplo, vincular a promoção ao AV Caixa, um instrumento de aferição de metas. Esperamos que a empresa reveja essa posição”, destacou Genésio Cardoso, representante dos empregados na comissão paritária.

A realização da sistemática de promoção por mérito neste ano, com as consequentes promoções em 2016, é uma conquista da campanha salarial 2014, que foi obtida após um árduo processo de negociação com o banco.

Outra crítica dos trabalhadores é quanto ao posicionamento da empresa de atrelar a concessão dos deltas por merecimento à resolução do Departamento de Coordenação e Governança das Empresas Estatais, de outubro de 1996, que estabelece que o valor total a ser investido pelas empresas públicas com promoção fica limitado a 1% da folha de pagamento. “Esta resolução é um entulho do governo FHC, e isso não vamos aceitar”, enfatizou Genésio.

Transparência – Os representantes dos empregados solicitaram mais informações à Caixa para subsidiar a próxima discussão. Foi solicitado, por exemplo, detalhamento sobre o quantitativo de promovíveis e os critérios de pontuação.

A expectativa dos trabalhadores é que as regras sejam definidas o mais rápido possível, a fim de que os empregados tomem conhecimento ainda no primeiro trimestre deste ano.

“No entanto, não vamos aceitar que a Caixa utilize a questão do tempo como justificativa para estabelecer critérios que sejam prejudiciais aos trabalhadores”, avisou a coordenadora da Comissão Executiva de Empregados (CEE/Caixa – Contraf/CUT), Fabiana Matheus, que também é diretora de Administração e Finanças da Fenae.

Representam os empregados na comissão: Elvira Ribeiro Madeira (Seeb/CE), Genésio Cardoso (Fetec/PR), Leonardo dos Santos Quadros (Fetec/SP), Silvio Antônio Kuniyoshi (Feeb/SP-MS), Vanessa Sobreira Pereira (Sindicato dos Bancários de Brasília) e Wandeir Souza Severo (Fetec/Centro Norte).
Fonte: Fenae

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