Enquanto lucro do BB diminui, provisionamento aumenta 15,5% e prejudica divisão de lucros

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O Banco do Brasil registrou um recuo de 5,7% no lucro líquido do terceiro trimestre em relação a igual período do ano passado, para R$ 2,73 bilhões, segundo balanço divulgado nesta quinta-feira(8).

Enquanto isso, a reserva destinada para os créditos de liquidação duvidosa teve aumento, no trimestre, de 15,5%, para R$ 3,76 bilhões. Um crescimento sem justificativa em comparação com o índice de inadimplência no BB, que atingiu 2,17% ante taxa de 2,1% vista no segundo trimestre.

A revista Exame, além de classificar como praticamente estável a inadimplência no terceiro trimestre deste ano, ressalta que, no acumulado de 2012, até setembro, os gastos com PDD somaram R$ 13,907 bilhões, número que supera o lucro líquido do banco em 2011, de R$ 12,1 bilhões.

“O provisionamento é previsto por lei, mas elevá-lo tanto, quando a inadimplência está estável e as projeções são de queda, é injustificável. O banco público faz mais um desserviço aos brasileiros maquiando seu balanço e escondendo os verdadeiros números ”, afirma o diretor do SindBancários e funcionário do BB, Flavio Pastoriz. Conforme projeções atualizadas do Indicador de Perspectiva Serasa Experian no dia 16 de outubro, a tendência é que a inadimplência continue em queda nos próximos seis meses. Em agosto, o índice recuou 1,5% em comparação com julho.

“Quem acaba sendo prejudicado são os trabalhadores, pois a PLR que ganharão não vai corresponder ao esforço e aos resultados realmente atingidos por eles durante o ano”, analisa o diretor.

Outros dados

A carteira de crédito ampliada do banco teve um avanço de 20,5% no trimestre e alcançou R$ 532,28 bilhões. Os maiores crescimentos nas operações para consumidores foram registrados no crédito consignado (16,4%) e no imobiliário (69,3%). Já na carteira para empresas, o destaque foi o segmento de micro e pequenas, com alta de 28,4%.

A instituição ganhou participação no mercado de crédito. A fatia do Banco do Brasil passou para 19,6% ante 19,3% no trimestre anterior.


Fonte: Folha de São Paulo e revista Exame

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