No Banpará e Banco da Amazônia, categoria em greve protesta contra os dissídios coletivos.

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Categoria quer democracia e que as negociações continuem no Banpará e Banco da AmazôniaEsta quarta-feira (16) marcou o 28º dia de greve da categoria bancária no Banpará e no Banco da Amazônia, que foi para a porta das matrizes dessas respectivas instituições financeiras protestar contra as atitudes antidemocráticas desses bancos em querer, através de dissídio coletivo, transferir a resolução dos impasses da greve nos tribunais de justiça.

Adílson Barros - Banpará e Banco da Amazônia passaram dos limites no desrespeito à categoria“Parece até que o Banpará e o Banco da Amazônia combinaram a mesma tática para as mesas específicas desse ano, tendo em vista que ambos dificultaram o processo de negociação ao protelar ao máximo a apresentação de uma proposta global para as minutas de reivindicação dos trabalhadores, lançaram mão de práticas antissindicais ao solicitar liminares de interdito proibitório, e agora querem sair da esfera democrática de negociação para tentar resolver a greve na justiça. Isso é lamentável e comprova que esses bancos já passaram dos limites no desrespeito à nossa categoria”, criticou o secretário de relações de trabalho da Contraf-CUT, Adílson Barros.

Banpará – Além de criticar a postura do banco, a categoria também cobrou o abono dos dias parados na greve desse ano, conforme ocorre no banco desde 2007. O abono seria, nesse momento, o principal elemento para pôr fim a greve no Banco do Estado do Pará.

O delegado sindical Afonso Azevedo critica o fato de o banco não querer abonar os dias de greve“Se o Banpará quer que nós compensemos os dias de greve conforme a proposta da Fenaban, porque antes disso ele não regulariza a implantação do nosso ponto eletrônico e passe a pagar corretamente nossas horas extras? O abono dos dias parados não é um pedido absurdo, tanto que o banco vem praticando isso há sete anos. Não aceitamos essa postura e achamos um desrespeito levar esse impasse para o dissídio coletivo. Queremos que o banco resolva isso em mesa de negociação”, afirmou o delegado sindical do Banpará em Parauapebas, Afonso Azevedo.

Banco da Amazônia – A direção do banco utilizou o argumento do dissídio coletivo para intensificar o assédio aos funcionários para desmobilizar a greve e voltar ao trabalho. Porém, o Sindicato realizou ato público em frente à sede do banco para informar aos empregados e empregadas que esse instrumento jurídico não acaba com a greve.

No Banco da Amazônia, Sindicato informou que dissídio coletivo não acaba com a greve“Nossa greve é legal, legítima, e o dissídio coletivo não põe fim ao nosso movimento de greve. Por isso, temos sim é que fortalecer a greve, pois somente assim termos vitória no Banco da Amazônia. Queremos que o banco reveja sua postura e retome a mesa para que possamos fechar nosso Acordo Coletivo de forma democrática. Não queremos o retrocesso vivido em 2011, quando nosso ACT foi parar no TST e não contribuiu em nada para a valorização dos empregados, nem para o fortalecimento do banco”, destaca a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.

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Fonte: Bancários PA

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