Orgulho lésbico: Luta contra a invisibilidade

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No dia 19 de agosto de 1983, um grupo de mulheres lésbicas protestaram contra a discriminação ocorrida no bar Ferros´s, em São Paulo. Frequentado majoritariamente por lésbicas, o bar proibiu a venda da revista ChanaComChana, produzido pelo Grupo Ação Lésbica Feminista. A venda de outras publicações era permitida no local.

Após o protesto, a venda da revista foi permitida no local e a data passou a ser lembrada a cada ano por ativistas LGBT por ter sido um dos grandes passos da comunidade homossexual no país.

“Essa luta aconteceu já faz 36 anos, mas ainda hoje as lésbicas lutam contra a discriminação. O pior é que esta discriminação ocorre mesmo nos movimentos de mulheres e LGBTI. Elas são invisibilizadas”, disse diretor da Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), Adilson Barros.

Desde sua origem, o movimento lésbico se organiza contra esse duplo apagamento. “O movimento LGBTI precisa discutir os feminismos, ouvi-los e acolhê-los. Não reproduzir a cultura do patriarcado no movimento. Já os movimentos de mulheres têm que reconhecer o papel das lésbicas na luta contra marginalização de tudo aquilo que não é uma relação heterossexual”, afirmou o dirigente da Contraf-CUT.

Censo da Diversidade

A categoria bancária é uma das primeiras a conquistar a inclusão de uma cláusula de combate à discriminação nos bancos e de extensão dos direitos aos casais de relação homoafetiva.

Neste ano de 2019, será realizado o 3º Censo da Diversidade Bancária, cujos resultados contribuem para a análise e promoção de ações de combate à discriminação e de igualdade de oportunidade nos bancos.

Neste ano, paralelamente ao Censo, está sendo realizada uma campanha que visa a capacitação da categoria sobre o tema, com o objetivo de levar os bancários a se tornarem agentes da diversidade, não apenas no ambiente de trabalho, mas também nos seus demais locais de convivência social.

“Poder desenvolver uma campanha de conscientização sobre o tema antes e durante a realização do censo é um grande avanço. Pode contribuir para a minimização do receio com as respostas e, com isso, aumentar a confiabilidade dos resultados”, afirmou a secretária de Políticas Sociais da Contraf-CUT, Rosalina Amorim. “Além disso, as pessoas poderão responder com maior propriedade sobre o tema”, finalizou.

 

Fonte: Contraf-CUT

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