Reestruturação é tema de reunião com a SR Norte no Pará

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Preocupado com o processo de reestruturação na Caixa em curso, iniciado no último dia 10 em Brasília, o Sindicato dos Bancários foi em busca de informações oficiais sobre como a medida será implantada no Pará, já que nacionalmente as informações repassadas são vagas e sem detalhes.

Segundo o superintendente, Severino Ribas, “se parou na matriz (a reestruturação), para no resto do Brasil também”. Mas durante a reunião na tarde de segunda-feira (28) com o Sindicato, ele deixou claro que essa é uma leitura dele, compartilhada também pela entidade sindical, que tem a mesma interpretação.

“Precisávamos ter essa conversa porque tem muitos colegas preocupados com esse processo e a gente precisa de uma informação real diante de tantos boatos que estão surgindo desde o anúncio da reestruturação; o que tem deixado nós enquanto entidade representativa da categoria, além dos próprios trabalhadores, preocupados com o futuro bastante incerto”, destaca o diretor do Sindicato e bancário da Caixa, Heider Alberto.

De concreto, a única notícia confirmada foi sobre a extensão do prazo para o encerramento da Girec no Pará. A data inicial seria 15 de abril, mas foi prorrogada até dia 30 de junho.

Durante a reunião, o Sindicato também questionou se houve algum tipo de estudo sobre a reestruturação na rede de agências e a resposta foi não, de que não há também um levantamento no número de empregados para saber os impactos com as possíveis mudanças. O que existe, e já é de conhecimento das entidades sindicais, são estudos de produtividade e rendimento.

Comitê Regional de Realocação – “Não temos informação de nenhum planejamento de alocação ou realocação por enquanto”, informou Ribas.

Com a liminar, os trabalhos dos Comitês Regionais ficam também suspensos assim como a reestruturação. Mas caso ela seja derrubada e as reuniões sejam retomadas, o Sindicato antecipou o pedido de poder acompanhá-las.

“Queremos poder participar desses Comitês de forma que possamos opinar e defender as funções e salários dos trabalhadores e trabalhadoras da Caixa. Queremos respeito, transparência, diálogo e não que esse ‘pacote de maldades’ seja imposto pelo banco como vem sendo feito”, afirma a dirigente sindical e bancária da Caixa, Tatiana Oliveira.

Para o Sindicato, as agências com maior carência de pessoal estão em cidades muito distantes das que os empregados das filiais estão ligados atualmente, e para onde possivelmente seriam realocados com a reestruturação, ou seja, não há fundamento a justificativa do banco de que está reestruturando para fortalecer o quadro de pessoal das agências. Além disso, a extinção de filiais acarretaria em acréscimo de tarefas para as agências.

Justiça de Brasília mantém liminar – A Caixa recorreu da decisão que suspendeu a reestruturação em Brasília e teve o pedido negado também na segunda (28). Para o juiz do trabalho, Alcir Kenupp Cunha, “o requerimento da Reclamada se fundamenta somente em alegações. (…) Mantenho a decisão liminar por seus próprios fundamentos”.

No recurso, a Caixa afirmou que “não existe razão para manutenção da referida decisão, uma vez que não se trata de hipótese em que seja necessária, a negociação prévia com o sindicato, tampouco de medida que não esteja inserida no poder diretivo do empregador”.

No mesmo documento, o banco ainda diz que “ao contrário do indicado pelo Sindicato, as medidas tomadas pela CAIXA estão longe de atingir aos empregados de forma prejudicial. Trata-se de medidas aptas a conduzir a empresa ao crescimento sustentável, mantendo empregos, com respeito aos empregados, por meio de concessão de benefícios adicionais aos previstos em lei e convenções coletivas.

A Caixa também ressaltou “que não se trata de processo de revisão de situação de número considerável de empregados em todo o Brasil, como afirmado pelo Sindicato, mas, sim de ação que impacta número reduzido de empregados, mas com resultado considerável em níveis de eficiência”, alegando ainda ser “impossível o retorno à situação anterior (…) e que a manutenção dos referidos empregados vinculados ao comitê de reestruturação, acaba por prolongar a dúvida, a ansiedade nos envolvidos, o que deve ser evitado a todo custo”.

Segundo o banco, “a própria continuidade das atividades da CAIXA pode ser comprometida, uma vez que processos estão em fase de transição, não sendo razoável que tal situação se prolongue, trazendo possíveis prejuízos”.

Ação local – Além do Dia Nacional de Luta na semana passada (relembre aqui), o Sindicato, com base na ação judicial do Sindicato de Brasília, ajuizou ação na justiça do trabalho com pedido de liminar para suspensão do processo de reestruturação no Pará (processo: 0000415-62.2016.5.08.0005).

Participe desta luta! Tire foto no seu local de trabalho com este cartaz (clique aqui para baixar), poste nas suas redes sociais com as hastags #CaixaRespeiteoEmpregado #CaixaSejaTransparente #CaixaCumpraosAcordos e envie também para comunicacao@bancariospa.org.br

Próxima reunião – Como as demandas da categoria vão além da reestruturação o Sindicato já agendou nova reunião para tratar de outras reivindicações do funcionalismo no dia 12 de abril.

Fonte: Bancários PA

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