Segurança bancária e condições de trabalho são temas de reunião entre Sindicato e Bradesco

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Presidenta do Sindicato e diretores Saulo Araújo também funcionário do Bradesco e Márcio Saldanha participaram da reuniãoApós a paralisação de duas agências do Bradesco na Região Metropolitana de Belém pelo Sindicato, o setor de relacionamento sindical do Banco, em São Paulo, veio para a capital paraense reunir com a entidade dos trabalhadores para tomar providências em relação a situação de seus funcionários no Pará.

Na manhã desta quinta-feira (31), o gerente regional do Banco no Estado, José Orlando Oliveira e a gerente de RH e representante de Relações Sindicais do Bradesco em São Paulo, Silvia Eduara Cavalheiro, estiveram na sede do Sindicato em Belém para ouvir e também dar encaminhamento aos problemas enfrentados diariamente pelos trabalhadores em seus locais de trabalho.

Segurança bancária e condições de trabalho foram os principais problemas relatados pela presidenta da entidade, Rosalina Amorim e pelos diretores Márcio Saldanha e Saulo Araújo, que também é funcionário do Bradesco.

Durante a reunião, os dirigentes sindicais apresentaram ao Banco a Lei Estadual 7.013/2007, que tornou obrigatório a instalação de portas giratórias nas agências bancárias em todo o Pará; além do projeto de lei sobre Segurança Bancária entregue às prefeituras dos municípios paraenses que já receberam a Caravana Bancária.

O projeto prevê a instalação de portas giratórias com detectores de metais antes do autoatendimento e vidros blindados nas fachadas externas, no nível térreo e nas divisórias internas das agências e postos de atendimento no mesmo piso, como medidas de segurança.O diretor do Sindicato e também funcionário do Bradesco Saulo Araújo (camisa cinza) ressaltou que o transporte de valores ainda é feito por alguns bancários

Rosalina Amorim destacou que Belém e Ananindeua já possuem leis municipais sobre segurança bancária. “Desde 2010, as agências bancárias são obrigadas a terem biombos nos caixas e nos terminais eletrônicos. Algumas agências do Banpará e Caixa já estão cumprindo a determinação. No ano passado, essa lei foi aprovada para todo o Estado, mas infelizmente a falta de fiscalização torna a respectiva lei ineficaz”.

O diretor do Sindicato, Saulo Araújo reforçou que o transporte de valores ainda é feito por alguns bancários no interior do Estado. “Além de terem que transportar numerário, a guarda das chaves ainda fica sob responsabilidade dos trabalhadores. É preciso que essa responsabilidade seja passada para uma empresa de segurança. Esse tipo de tarefa é arriscada e bastante perigosa para o bancário executar”.

Condições de trabalho

Em abril desse ano, o Sindicato visitou várias agências na região Sudeste do Pará, e a situação do Bradesco em Marabá chamou a atenção da entidade. Eram por volta de três e meia da tarde, a agência já estava fechada, mas no interior dela centenas de clientes ainda aguardavam atendimento.

“Essa realidade é o retrato da falta de mais bancários e bancárias para dar conta de tanta demanda. Com a sobrecarga de trabalho e a extrapolação da jornada muitos trabalhadores adoecem e a população também sofre”, afirma o diretor de bancos privados do Sindicato, Márcio Saldanha.

Outro problema lembrado na reunião foi a construção de uma nova agência para o distrito de Icoaraci. Em março desse ano, a agência pegou fogo depois de uma pane no ar condicionado. O acidente aconteceu quando o Banco já estava fechado e nenhum bancário ou cliente se encontravam no local.

O gerente regional do Bradesco, José Orlando Oliveira disse que o prazo dado pela construtora responsável pela obra é de que a nova agência em Icoaraci reinaugure em 120 dias.

Já para as outras demandas, os representantes do Bradesco na reunião, Orlando Oliveira e Silvia Cavalheiro, informaram que tudo o que foi apresentado pelo Sindicato na reunião será encaminhado à direção geral do Bradesco em São Paulo, e assim que tiverem retorno irão informar à entidade.

“Esperamos que a partir dessa reunião o Banco dê solução aos pontos que foram apresentados pelo Sindicato, no sentido de garantir segurança e melhores condições de trabalho a todos os seus funcionários aqui no Pará”, avalia a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.

Fonte: Bancários PA

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