Sindicato ajuíza ação contra o desconto dos dias parados durante a greve no Banco da Amazônia

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Se o Banco da Amazônia recorreu ao TST para pôr fim à greve da categoria em 2011, então que cumpra o Acórdão do Tribunal.O Sindicato dos Bancários do Pará ajuizou ação nesta quinta-feira, 24 de maio, contra o Banco da Amazônia, que descontou arbitrariamente de seus empregados os dias paralisados durante a greve da categoria em 2011, que após 77 dias de paralisação encerrou com o julgamento do dissídio coletivo movido unilateralmente pelo Banco no Tribunal Superior do Trabalho (TST). Vale ressaltar que a decisão proferida no Acórdão do Tribunal, sobre a questão dos dias parados, declara que os dias deveriam ser compensados, e não descontados da forma como o Banco fez (clique aqui e veja).

A referida decisão estipulava que os empregados deveriam compensar os dias não trabalhados. Contudo, após a publicação do Acórdão, por culpa do Banco da Amazônia, os empregados começaram a realizar a compensação tardiamente, uma vez que a instituição demorou em lançar o Mapa de Compensação, que delimitava a forma como tais dias seriam compensados. Além disso, por motivos alheios à vontade do bancário, muitos não puderam compensar todos os dias, por estarem no gozo de férias ou por estarem de benefício previdenciário.

Na ação, em caráter de urgência, o Sindicato pleiteia a devolução dos valores descontados indevidamente dos bancários, bem como a proibição de efetuar quaisquer descontos relacionados aos dias não trabalhados durante o período de greve. Ainda, em caso de descumprimento, o Sindicato requereu que a justiça aplicasse uma multa diária no valor de R$ 100.000,00 (cem mil reais) ao banco.

“Em nenhum momento os empregados do Banco da Amazônia quiseram deixar de cumprir o estabelecido na decisão do TST, em compensar os dias parados. Muito pelo contrário. Ocorre que o Banco agiu de má fé em dois momentos: em lançar com atraso o Mapa de Compensação e em descontar arbitrariamente os dias paralisados, ainda que a decisão judicial não estipulasse essa conduta. Não podemos ficar de braços cruzados e ver o Banco ignorar a justiça, a qual ele mesmo recorreu, e tratar seu empregado da forma que mais lhe é conveniente”, afirma a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.

Fonte: Bancários PA

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