Sindicato flagra bancários trabalhando em condições precárias em Capitão Poço

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O que separa os vestígios da destruição do Banpará em Capitão Poço, nordeste paraense, do autoatendimento que está em pleno funcionamento, é uma grande lona azul.

“É desumano e desrespeitoso o que o banco tem feito com nossos colegas bancários e bancárias. Parece que a direção ignora que no dia 31 de outubro a agência foi explodida e de lá para cá continua sem condições alguma de que pessoas trabalhem no local. Entendemos que a população fica prejudicada, mas é dever da instituição garantir um espaço adequado para que o funcionalismo trabalhe e clientes e usuários sejam atendidos”, afirma o diretor do Sindicato e bancário do Banpará, José Maria Costa.

Além da lona, os improvisos estão espalhados pelas paredes e na porta principal, que foram substituídos por folhas de compensado. Mas a falta de respeito do Banpará com o seu funcionalismo, já se arrasta desde o início do mês, quando partiu a orientação para que os próprios bancários limpassem todos os entulhos, alguns deles tóxicos em virtude da fuligem da explosão.

O Sindicato denunciou o caso ao Comitê de Relações Trabalhistas (CRT) na época e uma empresa foi contratada para fazer o serviço. Mas diante do flagrante do último dia 29, durante nova visita dos dirigentes sindicais ao município, a agência voltou a ser pauta do CRT na tarde de quinta-feira (30).

“Solicitamos urgente normatização sobre a vida dos colegas que ficam do dia para noite sem seu local de trabalho, devido à ação criminosa de bandidos. Estamos atentas a qualquer subtração de direitos. É necessário que a diretoria do banco dê uma orientação clara e precisa e que preserve vida, saúde e condições de trabalho dos colegas, em casos de agências que são brutalmente liquidadas por ações de assaltantes. Entendo que sob a pressão das metas e de querer prestar um serviço à população de Capitão Poço, a administração da agência, tenha se acomodado de qualquer jeito em espaços pequenos e precários. Mas nada justifica colegas estarem trabalhando no interior de uma unidade que sofreu grande explosão e está bastante destruída. É questão de condições de trabalho!”, dispara a diretora do Sindicato, da CUT-PA e bancária do banco, Vera Paoloni.

O banco informou, durante a reunião, que a reforma da agência de Capitão Poço começa ainda nesse mês e que deve ainda reduzir o número de funcionários por falta de condições de trabalho, quando o Sindicato foi até a unidade trabalhavam 7 funcionários e mais um estagiário. A lotação é de 11, mas 3 bancários estão de férias.

A próxima reunião do CRT será no dia 21.

BB e Bradesco – As outras dirigentes sindicais, Tânia Barbosa e Heládia Carvalho, que acompanharam a mesma Caravana, aproveitaram a viagem para percorrerem o Banco do Brasil (BB) e Bradesco em Capitão Poço.

No BB, o mais grave problema é quanto a falta de atendimento pela Cassi, que não existe nem para casos de emergência.

Já no Bradesco, é a falta da porta giratória com detector de metais. Nem a explosão do Banpará serviu de alerta, pois não há sequer previsão de instalação do equipamento.

Os dois casos serão levados ao conhecimento das superintendências em forma de ofícios cobrando soluções urgentes.

Fonte: Bancários PA

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