Sindicato retarda abertura das agências do Banpará pelo terceiro dia seguido

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Rosalina Amorim - Vamos mostrar para o Banpará e para o Governo do Estado que com trabalhador não se brincaO Sindicato vem intensificando, desde a semana passada, as mobilizações para exigir a abertura imediata das mesas de negociação com o Banpará. Nesta quarta-feira (29), a pressão foi em dose dupla na capital paraense. A abertura das agências São Braz e Nazaré foi atrasada em uma hora, mas a concentração dos trabalhadores começou nas primeiras horas da manhã.

“Estamos mais uma vez em frente ao Banpará, pelo terceiro dia consecutivo só nessa semana, para mostrar para a direção deste banco que com trabalhador não se brinca. Somos uma categoria forte, organizada e mobilizada. Exigimos o início das negociações específicas, melhores condições de trabalho, melhores salários, a contratação de mais bancários, o fim do assédio moral, mais segurança”, destacou a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim que participou da manifestação na agência Nazaré.

Érica Fabíola - Horas extras não estão sendo pagas como deveriam no BanparáJá na agência São Braz, a diretora de saúde do Sindicato e também funcionária do banco, Érica Fabíola lembrou que o governo estadual recebeu, só esse ano, mais de R$ 66 milhões do Banpará. “Até hoje não sabemos onde essa verba foi investida. Esse valor deveria ser reinvestido no banco, porque as agências estão cada vez mais sucateadas tanto na capital quanto no interior do Estado. O funcionalismo não está recebendo as horas extras como deveria. O quadro de funcionários vem reduzindo, concursados são demitidos sem aviso prévio, ou seja, é um desrespeito não só com os trabalhadores, mas com os clientes e usuários também que passam horas nas filas e pagam altas taxas”.

Vereador Otávio Pinheiro disse que a bancada do PT na Câmara de Belém também irá pressionar pela abertura das negociações no BanparáA luta dos trabalhadores e trabalhadoras do Banpará vem ganhando apoio da população e de parlamentares. Hoje foi a vez do vereador Otávio Pinheiro (PT) comparecer às duas mobilizações. “Infelizmente o que este banco está fazendo é um retrocesso, não querer negociar com seus trabalhadores é o mesmo que voltar à idade da pedra. Hoje mesmo vou encaminhar um ofício para a presidência do Banpará, e assim como as entidades, pressionar para a abertura das negociações”, enfatizou.

Odinea Gonçalves - Parece que voltamos aos tempos de intransigência dos anos 90A diretora do Sindicato e também funcionária do Banpará, Odinéa Gonçalves lamentou a postura da direção do banco. “Parece que voltamos aos anos 90 e estamos revivendo os momentos difíceis, de intransigência, quando o banco sequer sentava para ouvir os trabalhadores. Fomos nós que mesmo quando o Banpará corria o risco de ser extinto, doamos 20% de nossos salários para salvá-lo, e mais uma vez a direção vira as costas para seu funcionalismo. Hoje nada mais justo, em uma atitude de respeito, chamar as entidades para negociar”, lembrou a dirigente sindical.

Vera Paoloni - Não esperava que o Banpará tratasse o funcionalismo com desprezoQuem também participou da manifestação desta quarta foi a diretora da Fetec-CUT/CN, Vera Paoloni. “Pensei que já tivesse visto de tudo no Banpará, porém mais uma vez me enganei. Jamais esperava que a direção do banco um dia tratasse seu funcionalismo com tanto desprezo; mas como nada nessa vida se consegue calado, estamos aqui de novo em frente às agências para colocar a boca no trombone e dizer em alto e bom som o que queremos e que não vamos descansar enquanto nossas reivindicações não forem atendidas”.




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Fonte: Bancários PA

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