Violência contra a mulher no mercado de trabalho é tema de cartilha do MPT

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Como parte da campanha mundial da Organização das Nações Unidas (ONU) “16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher”, o Ministério Público do Trabalho (MPT) lançou na quarta-feira (5) a cartilha “O ABC da violência contra a mulher no trabalho“. O guia traz temas como o assédio moral e sexual nas empresas, divisão sexual no trabalho e a cultura do estupro, com o objetivo de estabelecer canais de denúncias e levantar a discussão sobre a igualdade de gênero no ambiente laboral.

Só no último ano, o MPT recebeu mais de 300 denúncias de assédio sexual contra a mulher no trabalho e, de acordo com especialistas, o número de casos de violência por discriminação de gênero só não é maior por vergonha e medo das vítimas.

“Muitas vezes (o assédio) ocorre por achar que, a colega do trabalho ou a sua empregada, ela pode inclusive ser um objeto sexual, de discriminação, licitação e humilhação. E essa mulher intimidada com a situação acaba se calando, silenciando e não denunciando a prática muitas vezes até para evitar a perda do emprego”, afirma a procuradora do Trabalho Sofia Vilela Moraes e Silva ao repórter Leandro Chaves, do Seu Jornal, da TVT.

A procuradora regional do Trabalho Adriane Reis Araújo ressalta ainda a desigualdade salarial entre mulheres e homens que, segundo Adriane, têm a carreira mais interrompida, acabam perdendo a autoestima e muitas vezes não atuam na área de formação, impactando negativamente na remuneração. “Esse é um problema que não afeta apenas os direitos humanos, mas também toda a economia, porque há uma redução do PIB (Produto Interno Bruto) com essa mulher recebendo menos”, adverte a procuradora.

Assista à reportagem do Seu Jornal:

 

 

Fonte: Rede Brasil Atual

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