Após assalto, Sindicato vai até Moju orientar bancários

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Ao chegar à unidade assaltada em Moju, nordeste do Pará, o Sindicato encontrou bancários e bancárias visivelmente abalados horas depois do crime. A primeira vítima dos criminosos foi o gerente administrativo do Bradesco que foi rendido, na última terça-feira (1º),  ainda dentro da própria residência quando se preparava para ir ao trabalho.

Durante o percurso até o banco, os assaltantes contaram detalhes da rotina da família da vítima que mora em outra cidade paraense, como forma de intimidação. Ao chegar à agência, ele e outros colegas que já estavam na unidade foram obrigados a entregar todo o dinheiro do cofre e caixas eletrônicos. Antes de fugirem no carro do gerente administrativo, os bandidos ainda levaram dinheiro e celulares dos bancários. As vítimas também foram amarradas e amordaçadas durante a ação criminosa.

“A nossa ida até Moju foi para prestar solidariedade e orientações aos bancários daquela agência, visivelmente assustados com o assalto. Essa onda de violência é o reflexo da insegurança pública e bancária que tomou conta do nosso Estado e a cada dia faz novas vítimas. Inclusive hoje e amanhã, lá em São Paulo, representantes da categoria e a Fenaban discutem uma de nossas reivindicações que trata da segurança bancária”, destaca o diretor de saúde do Sindicato, Gilmar Santos que foi acompanhado por outro diretor, Márcio Saldanha e pela diretora e também funcionária do Bradesco no Pará, Heládia Carvalho.

A presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim e o dirigente, Sandro Mattos acompanham de perto essa rodada de negociação que além da segurança, discute saúde e condições de trabalho.

Ainda em Moju, os dirigentes sindicais também orientaram as vítimas quanto aos procedimentos necessários para emissão da CAT (Comunicação de Acidente de Trabalho), e recomendaram que todos procurassem atendimento médico.

“Nós ressaltamos ainda que caso seja necessário, que eles se afastem do trabalho para tratamento psiquiátrico e psicológico para recuperação do trauma que é quase inevitável em situações como essa. Outro conselho repassado aos colegas e que se quiserem e sentirem necessidade também podem solicitar transferência para outra unidade”, orienta Heládia Carvalho.

E como mais um reforço para o tratamento e garantia dos direitos das vítimas, o Sindicato ainda colocou o departamento jurídico da entidade à disposição dos bancários, para todas as demandas relativas à ocorrência, seja na esfera administrativa ou judicial.

Até agora nenhum suspeito pelo crime foi preso.

Sem porta giratória – A agência assaltada funciona sem porta-giratória com detector de metais, assim como todos os Postos de Atendimento Avançado do Bradesco no interior do Pará. Durante a visita, os dirigentes sindicais também sentiram falta das câmeras de segurança nas áreas de autoatendimento e atendimento ao público.

A segurança de todos os bancários, clientes e usuários do local fica por conta de dois vigilantes que também foram assaltados e tiveram as armas roubadas.

A precariedade na segurança das agências do Bradesco no Estado já foi tema de reunião com a direção do banco aqui em Belém em julho desse ano, mas de lá pra cá nada mudou.

 

Fonte: Bancários PA

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