Horas extras foram tema da primeira reunião de 2016 entre bancários e Banco da Amazônia

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A primeira reunião em 2016 do Sindicato dos Bancários do Pará, Contraf-CUT e Fetec-CUT Centro Norte com o Banco da Amazônia ocorreu nessa quarta-feira (13), na sede do banco em Belém, e o tema principal foi sobre a construção de uma nova política para as horas extras na instituição.

O banco apresentou às entidades uma proposta preliminar sobre o tema, a qual ainda não foi submetida nem a diretoria do banco, nem ao DEST, e que tem sido conduzida pela Gerência de Pessoal (GEPES) com base nos modelos do Banco do Brasil e da Caixa Econômica Federal.

Nessa proposta o Banco da Amazônia apresenta como meta, que as horas extraordinárias de trabalho sejam integralmente pagas de forma pecuniária, como ocorre no BB e outras instituições financeiras ao longo de um processo de amadurecimento, levando em consideração a realidade do banco.

Porém, o banco justifica que essa política deverá ser implantada de forma imediata conforme a realidade financeira da instituição, que hoje tem provisionado para o pagamento de Horas Extras o montante de R$ 200 mil, mas que o valor será acrescido para o montante em torno de R$ 1 milhão para o pagamento de extrapolação de jornada.

Neste projeto, o Banco da Amazônia quer que todas as unidades da empresa tenham alçada financeira prevista para esses pagamentos. Os detalhes da proposta inicial foram remetidos às entidades sindicais para apreciação de analise e posterior retorno para continuidade do debate na mesa de negociação.

Nova reunião ficou marcada para o dia 25 de janeiro, às 9h30.

Ponto Eletrônico

O Sistema Alternativo de Ponto Eletrônico do Banco da Amazônia foi um dos pontos tratados na reunião. A questão, é dar prosseguimento para a definição sobre a homologação do sistema e do Acordo Coletivo de Trabalho específico do Ponto Eletrônico entre o banco e as entidades sindicais.

O banco submeteu ao Comando dos Bancários o material referente ao ACT do Ponto Eletrônico e as entidades sindicais assumiram compromisso de se manifestar oficialmente sobre o assunto em um prazo de 15 dias.

Representaram os empregados do Banco da Amazônia na reunião a presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Rosalina Amorim; o secretário de organização da Contraf-CUT, Carlindo Abelha; o vice-presidente e o diretor da Fetec-CN, Sérgio Trindade e Ronaldo Fernandes, respectivamente; e o assessor jurídico do Sindicato, Fernando Galiza.

Ponto de vista

“Devemos ressaltar que esse primeiro debate do ano de 2016 com o Banco da Amazônia foi mais uma conquista da Campanha Nacional do ano passado e, além disso, entendemos como positiva a iniciativa de chamar as entidades sindicais para o processo de construção dessa política de regulamentação da extrapolação de jornada. Isso será fundamental para nossa luta pela garantia de melhores condições de trabalho e qualidade de vida para os empregados e empregadas do Banco da Amazônia”, avalia a presidenta do Sindicato dos Bancários do Pará, Rosalina Amorim.

“Esse debate foi importante para reafirmarmos ao Banco da Amazônia dois princípios: o de que todas as Horas Extras devem, de fato, serem pagas em pecúnia; e o de que é fundamental a adequação de pessoal para todas as unidades do banco, no sentido de melhor atender a demanda de trabalho e evitar ao máximo a sobrecarga de trabalho e a necessidade de extrapolação de trabalho”, destaca o vice-presidente da Fetec-CUT Centro Norte e empregado do Banco da Amazônia, Sérgio Trindade.

“Esperamos que o resultado dessa discussão que iniciamos nessa reunião seja positivos e colocados em prática o quanto antes, para que possamos melhorar efetivamente as condições de trabalho na instituição, sobretudo no que diz respeito à compatibilização da necessidade de trabalho do banco com a preservação de condições dignas de trabalho para a categoria bancária na instituição”, ressalta o secretário de organização da Contraf-CUT, Carlindo Abelha.

Outros destaques

CHESAL – Ao final da reunião as entidades sindicais reivindicaram do banco um pronunciamento oficial sobre o tempo exíguo para as reivindicações de suspensão das 3 parcelas do Cheque Salário (CHESAL) vencíveis nos meses de dezembro de 2015, janeiro e fevereiro de 2016; assim como sobre o limite da margem consignada, que não leva em consideração o reajuste de 10% da Campanha Nacional 2015 e está dificultando a vida de muitos empregados que podem ser excluídos do benefício pelo limite de crédito ou inadimplência; e a ausência de interlocução entre a folha de pagamento e a cobrança das parcelas de empréstimo CHESAL.

Conforme aprovado na assembleia que encerrou a greve de 2015 na instituição, os empregados e empregadas do Banco da Amazônia deveriam procurar sua agência de relacionamento entre os dias 03 à 10/12/2015 para formalizar o pedido de alterações no AMAZON CRED, no sentido de garantir a incorporação das referidas parcelas ao saldo devedor e manter o vencimento das parcelas subsequentes a fevereiro/2016 de acordo com a política de crédito do Banco.

PCCS – Outro encaminhamento aprovado na reunião foi de que até antes do Carnaval, em fevereiro, deverá ser instalada a mesa específica de negociação sobre o Plano de Cargos, Carreiras e Salários, que no caso do Banco da Amazônia está defasado há quase 20 anos, e sua atualização é uma bandeira histórica da categoria que fora confirmada no fechamento da greve 2015.

Agência BSB – Empregados do Banco da Amazônia na agência Brasília, no Distrito Federal, souberam informalmente que a mesma seria fechada. As entidades sindicais cobraram uma posição oficial do banco sobre o assunto e o banco se comprometeu em dar um retorno o mais breve possível.

Fonte: Bancários PA

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