CN2016: Bancos mantêm proposta rebaixada e Comando Nacional orienta fortalecimento da greve

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Pela segunda vez os bancos voltaram à mesa de negociação com o Comando Nacional dos Bancários e não apresentaram proposta nenhuma. Na tarde desta quinta-feira (15) novamente insistiram no índice de reajuste de 7% (2,39% abaixo da inflação) com abono de R$ 3.300.

Os bancários completaram hoje 10 dias de greve forte, com mais de 12.600 unidades paradas em todo o Brasil e 392 agências em greve no Pará.

O Comando Nacional da categoria bancária orienta que a mobilização continue e que seja fortalecida cada vez mais, até que uma proposta decente seja apresentada.

“Não aceitaremos passivamente esse desrespeito da Fenaban de fazer duas reuniões em uma semana para não apresentar nenhuma novidade à categoria. Reafirmamos mais uma vez que não temos acordo com proposta de perdas salariais, queremos ganho real nos salários, garantia de emprego e de direitos, mais contratações e melhores condições de trabalho. Queremos uma proposta que atenda efetivamente nossa pauta de reivindicações. Seguiremos na luta, mobilizando a categoria para fortalecer ainda mais essa greve, pois só a luta nos garantirá vitórias nessa Campanha Nacional”, afirma o diretor do Sindicato, Gilmar Santos, presente na rodada de negociação ocorrida hoje em São Paulo.

Mais informações em breve

Principais reivindicações dos bancários

Reajuste salarial: reposição da inflação (9,62%) mais 5% de aumento real.

PLR: 3 salários mais R$8.317,90.

Piso: R$3.940,24 (equivalente ao salário mínimo do Dieese em valores de junho último).

Vale alimentação no valor de R$880,00 ao mês (valor do salário mínimo).

Vale refeição no valor de R$880,00 ao mês.

13ª cesta e auxílio-creche/babá no valor de R$880,00 ao mês.

Melhores condições de trabalho com o fim das metas abusivas e do assédio moral que adoecem os bancários.

Emprego: fim das demissões, mais contratações, fim da rotatividade e combate às terceirizações diante dos riscos de aprovação do PLC 30/15 no Senado Federal, além da ratificação da Convenção 158 da OIT, que coíbe dispensas imotivadas.

Plano de Cargos, Carreiras e Salários (PCCS): para todos os bancários.

Auxílio-educação: pagamento para graduação e pós.

Prevenção contra assaltos e sequestros: permanência de dois vigilantes por andar nas agências e pontos de serviços bancários, conforme legislação. Instalação de portas giratórias com detector de metais na entrada das áreas de autoatendimento e biombos nos caixas. Abertura e fechamento remoto das agências, fim da guarda das chaves por funcionários.

Igualdade de oportunidades: fim às discriminações nos salários e na ascensão profissional de mulheres, negros, gays, lésbicas, transexuais e pessoas com deficiência (PCDs).

 
Fonte: Bancários PA, com informações da Contraf-CUT e SPBancários

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