Sindicato afirma à superintendente do Banco do Brasil no Pará que é contra a reestruturação

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bb-restruturacao-2Após o anúncio feito pelo Banco do Brasil no último domingo (20) sobre seu plano de reestruturação, o Sindicato dos Bancários do Pará reuniu na terça-feira (22) com o superintendente do BB e gestores do banco no estado, em busca de esclarecimentos sobre a medida e seus desdobramentos para a categoria bancária e a sociedade paraense.

O superintendente reafirmou que o projeto de reestruturação do Banco do Brasil prevê fechamento de 402 agências e transformação de 379 agências em Postos de Atendimento Bancário (PABs) em todo país.

No Pará, o BB já fechou em 2016 duas agências em Belém (Generalíssimo e Gentil) e mais duas provavelmente no início de 2017 (Mosqueiro e 9 de janeiro).

De acordo com o banco, clientes e funcionários das agências Generalíssimo e Gentil foram remanejados para as unidades Nazaré e Batista Campos.

Caso as agências de Mosqueiro e 9 de janeiro sejam, de fato, fechadas, os bancários e clientes seriam automaticamente remanejados para Benevides, Marituba e Ananindeua.

Mais de 4 mil já aderiram ao PEAI

Às 13 horas de terça-feira (22) o Banco do Brasil deu início às adesões voluntárias, que seguem até o próximo dia 09 de dezembro, ao Plano Extraordinário de Aposentadoria Incentivada (PEAI), que possui um público alvo de 18.000 funcionários e em menos de 2 horas já tinha recebido a adesão de mais de 4 mil trabalhadores em todo país.

O banco não informou qual é o público do Pará que pode aderir ao PEAI, nem quantas adesões locais já ocorreram.

Reestruturação = Redução

Além dos cortes de dotação de pessoas e plano de aposentadoria, o BB também anunciou a ampliação do público alvo da jornada de 6 horas, estendendo a opção aos assessores de todas unidades, o que representará redução de jornada com redução de salários.

Sindicato é contrário à reestruturação

bb-restruturacao-3O Sindicato dos Bancários do Pará, através dos seus dirigentes Gilmar Santos e Fábio Gian, ambos funcionários do Banco do Brasil, reafirmou que não concorda com a política de reestruturação que pretende precarizar ainda mais a mão de obra e os serviços bancários oferecidos à população, e que fará muita mobilização contra essa política do banco.

“O Banco do Brasil que surgiu a partir do último dia 20 de novembro é outro completamente diferente do que existia até então. Fazer um plano de aposentadoria para 18 mil pessoas sem anunciar novos concursos; extinguir a função de diversos funcionários sem a menor garantia de que serão reaproveitados na mesma função; fechar agências e amontoar os trabalhadores em uma outra agência sem a menor estrutura são elementos que comprovam falta de ética e de sensibilidade com diversos trabalhadores que por anos dedicam suas vidas por essa empresa e assim que são tratadas, onde os trabalhadores foram informados pela imprensa em pleno domingo sobre essa reestruturação canalha do Banco do Brasil”, desabafa Fábio Gian, dirigente sindical e diretor regional da ANABB no Estado.

“Não há possibilidade alguma de concordamos com essa política do Banco do Brasil chancelada pelo governo ilegítimo de Michel Temer. Essa reestruturação vai piorar as condições de trabalho e a qualidade do atendimento nas agências do BB. Faremos campanha para o não fechamento de nenhuma unidade do Banco do Brasil aqui no Pará, da mesma forma como iremos buscar apoio com outros movimentos sindicais, movimentos sociais, parlamentares, Procon, Ministério Público, enfim, vamos fazer uma grande mobilização para barrar esta que é uma ameaça não apenas para a categoria bancária, mas para toda sociedade brasileira”, destaca o diretor do Sindicato, Gilmar Santos.
Fonte: Bancários PA

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