Belém presente no Dia Nacional de Luta em Defesa do Saúde Caixa

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Não bastassem a implantação do caixa-minuto e também de um possível Plano de Demissão Voluntária, os bancários e bancárias da Caixa foram surpreendidos no último dia 26 com um reajuste arbitrário e ilegal no plano de saúde de todo o funcionalismo e seus dependentes. Para alertar os trabalhadores e trabalhadoras do banco, bem como protestar contra mais esse golpe de Michel Temer, o Sindicato dos Bancários, Contraf-CUT e Fetec-CUT/CN estiveram presentes no Dia Nacional de Luta em Defesa do Saúde Caixa, nesta terça-feira (31).

Em Belém, a manifestação foi em frente ao Edifício Sede do banco na capital paraense, às 11h. O horário escolhido foi para aproveitar a entrada da maioria dos bancários e bancárias da área meio que receberam informativos da entidade e ainda puderam ouvir as outras medidas que o Sindicato irá tomar para reverter o reajuste.

Ato-Saúde-Caixa-2“Assim como a Contraf-CUT e a Fenae, que já ingressaram com ação na justiça, o Sindicato dos Bancários do Pará também ingressará com uma ação coletiva para aumentar a pressão contra a direção do banco, até que essa decisão seja revertida. O banco não pode tomar uma medida, como essa, sem dialogar com as entidades representativas”, afirma a presidenta do Sindicato, Rosalina Amorim.

Segundo a direção do banco, os novos valores do Saúde Caixa serão cobrados a partir de amanhã, 1º. A mensalidade dos trabalhadores da ativa e aposentados aumenta de 2% para 3,46% da remuneração base; a coparticipação das despesas assistenciais sobe de 20% para 30% e o valor limite anual da coparticipação passa de R$ 2.400,00 para R$ 4.209,05.

Ato-Saúde-Caixa-3“Os reajustes são um desrespeito à cláusula 32ª do acordo aditivo à Convenção Coletiva de Trabalho, que estabelece a manutenção dos percentuais e valores atuais do plano, ou seja, antes de qualquer mudança, o banco precisa dialogar com as entidades. Vale ressaltar que o Saúde Caixa possui quase 700 milhões de superávit acumulado, sendo 66 milhões apenas do exercício de 2016. Sabemos que esta medida faz parte de um pacote do governo ilegítimo, que quer enxugar despesas a todo custo e agir contra os trabalhadores, mas não mexe nos seus próprios privilégios. Querem enfraquecer a Caixa e a forma mais fácil de fazer isso é atacar o corpo funcional. Vamos resistir!”, destaca a dirigente sindical e funcionária do banco, Tatiana Oliveira.

Ato-Saúde-Caixa-4Municípios paraenses – A diretora do Sindicato também lembrou os problemas que o Saúde Caixa apresenta principalmente para quem mora longe da capital. “O repasse feito aos médicos é tão baixo que no interior a rede de credenciados é pequena, obrigando o colega ter que procurar atendimento particular ou ir para o Sistema Único de Saúde, que infelizmente já está sobrecarregado e sobre com as más gestões municipais”.

Aumentar a pressão – O Sindicato orienta a todos os bancários e bancárias da Caixa a fazerem ouvidora interna ou chamado pedindo esclarecimentos do banco quanto ao reajuste, como mais uma das formas de pressionar a direção do banco a reverter a decisão.

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Fonte: Bancários PA

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