Segurança e condições de trabalho são temas de reunião com o Bradesco em Belém

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Após registrar o primeiro assalto a banco desse ano, o segundo em menos de 3 meses, a agência do Bradesco em Marituba, Região Metropolitana de Belém (RMB), finalmente ganhou uma porta giratória com detector de metais. Agora todas as unidades na RMB dispõem do equipamento de segurança obrigatório por lei.

“Infelizmente foram necessárias várias ocorrências para que o banco instalasse o dispositivo de segurança que por várias vezes cobramos em ofícios e em reuniões junto à superintendência regional. Agora a nossa luta é para que a segurança também chegue às unidades no interior do Pará, como em Tailândia, onde estivemos recentemente”, destaca o diretor de saúde do Sindicato, Gilmar Santos, que esteve representando a presidência da entidade.

Além da porta giratória, o Sindicato pede também a instalação de biombos, outro dispositivo de segurança exigido em lei, a estadual nº 7.670/ 2012. “Pensamos na segurança de nossos colegas e também dos clientes e usuários, para que todos possam ter sua privacidade garantida durante a operação bancária. E gostaríamos também que o Bradesco nos apresentasse um cronograma”, afirma o dirigente sindical e funcionário do Bradesco, Saulo Araújo.

Em Itupiranga, sudeste do Pará, durante Caravana Bancária, o Sindicato flagrou banners sendo utilizados como biombos. “Esse improviso foi feito pelos próprios colegas que se sentem inseguros dentro do próprio local de trabalho que já foi assaltado em novembro do ano passado durante o expediente bancário”, pontua a diretora de Relações Sindicais da entidade e bancária do Bradesco, Heládia Carvalho.

O banco informou que vai analisar unidade por unidade, pois algumas são tão pequenas que falta espaço para os dispositivos de segurança, e, portanto, seria necessário primeiro mudar de endereço.

Segurança, demissões e condições de trabalho foram temas da primeira reunião do ano entre o Sindicato e a Diretoria Regional do Bradesco na manhã desta segunda-feira (27).

Condições de trabalho – O Sindicato recebeu denúncias de que as reuniões de áudio-conferência estariam ocorrendo fora da jornada de trabalho. O diretor regional, Geraldo Pacheco, disse que iria verificar a reclamação.

Outra queixa do funcionalismo que chegou ao Sindicato e foi repassada ao banco durante a reunião, é sobre as dificuldades quanto à operação no sistema do Bradesco, que muitos bancários que eram do HSBC estão tendo. Em julho do ano passado, o Bradesco comprou o HSBC por R$ 16 bilhões.

“A nossa sugestão é que em todas as agências tenham bancários do Bradesco e os que eram do HSBC, para que um auxilie o outro no sistema, mas durante nossas visitas, percebemos que existem unidades que eram HSBC, só com os funcionários do antigo banco que não entendem perfeitamente como funciona o sistema operacional do Bradesco. Além disso, percebemos que há certa resistência de colegas do Bradesco migrarem para outras unidades”, conta a secretária geral do Sindicato e atual funcionária do Bradesco, Eliana Lima.

Segundo a Diretoria Regional, a orientação é que nas antigas agências do HSBC tenha pelo menos um bancário do Bradesco fixo justamente para ensinar os novos colegas quanto ao funcionamento do sistema e outras dúvidas operacionais que possam surgir. Diante da denúncia do Sindicato, o banco irá fazer um levantamento para saber em quais unidades não há funcionários do Bradesco e fazer a transferência.

Demissões – Desde janeiro do ano passado, o Sindicato contabilizou 56 demissões, sendo 45 dessas sem justa causa, além de 12 afastamentos. Diante desse número que pode ser ainda maior, o Sindicato mostrou preocupação quanto à reposição desse quadro para que não haja sobrecarga de trabalho.

De acordo com o Bradesco, onde ainda não houve reposição, haverá; pois diferente dos demais bancos que estão fechando e demitindo, a instituição aqui no Pará pretende aumentar o número de unidades e, portanto crescer também o quadro funcional.

Sobre os afastamentos, o banco disse que vai checar os motivos. Para o Sindicato, o número de adoecidos pode ter relação com a cobrança de metas, medo da violência e a sobrecarga de trabalho.

Outra preocupação do Sindicato é em relação às agências que viraram postos e como consequência, poderia ocorrer demissões. O banco afirmou que todos os postos de trabalho continuam garantidos, e que a mudança seria apenas um reposicionamento do banco em relação ao mercado.

 

Fonte: Bancários PA

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