Pelo Acordo Coletivo de Trabalho 2016/2018, o Banco da Amazônia deveria ter instalado a Comissão de Segurança Bancária em novembro do ano passado, mas a primeira reunião, desde o final da greve, para tratar sobre a segurança do funcionalismo do banco, ocorreu na última quarta-feira (12), em Belém.
“Apesar da demora, avaliamos como positivo o nosso primeiro encontro e esperamos que ainda nesse primeiro semestre possamos nos reunir mais uma vez para afinar as estratégias que melhorem a segurança dos bancários, clientes e usuários do Banco da Amazônia em todo o Pará”, destaca o diretor do Sindicato e membro do Coletivo Nacional de Segurança Bancária, Sandro Mattos.
Além dele, participaram da reunião o diretor do Sindicato, Luiz Otávio e o diretor da Fetec-CUT/CN, Ronaldo Fernandes, ambos empregados do Banco da Amazônia.
Durante a reunião, o banco informou que pretende dar uma atenção maior ao funcionalismo do interior do Estado, onde a segurança bancária e pública é mais fragilizada; além disso, está previsto que a partir do mês que vem já comece a instalação dos 25 cofres chamados de ‘inteligentes’ nas unidades de todo o Pará. O novo modelo de cofre armazena o numerário em vários compartimentos e só é liberado de forma remota, caso o equipamento sofra alguma avaria, o próprio cofre danifica o restante das cédulas guardadas. O Banco do Brasil é o primeiro banco a ter um projeto-piloto desse modelo de cofre.
O Sindicato questionou aos representantes do banco se a empresa pretende seguir o mau exemplo do Itaú em fazer revista íntima durante a entrada e saída dos empregados e empregadas. O Banco da Amazônia descartou qualquer tipo de revista direta nos trabalhadores e trabalhadoras.
A entidade solicitou o remanejamento das portas giratórias com detector de metais para a entrada de todas as unidades, garantindo aos bancários, clientes e usuários, uma segurança maior desde o principal acesso à agência e não somente após os caixas eletrônicos, como é atualmente. Os representantes do banco disseram que vão levar o pedido à direção.
Outra sugestão do Sindicato é que assim como o Itaú, que não tem só exemplos ruins, instale uma central de monitoramento online 24 horas. “Dessa forma, quando ocorrerem sinistros de madrugada, o bancário não precisa se deslocar até a unidade para verificar o que aconteceu. A responsabilidade ficaria por conta da própria Polícia Militar que após ser acionada pelo banco, já contatado pela central, pegaria as chaves da unidade e faria a inspeção no local”, explica Sandro Mattos.
Sobre a necessidade de o bancário ter que ir até a agência em caso de sinistro durante a madrugada, o Banco da Amazônia disse que essa prática está descartada, e assim como proposto pelo Sindicato, a sugestão de a Polícia fazer a vistoria in loco, será repassada à direção do banco.
A entidade também apresentou aos representantes da instituição financeira o projeto-piloto de abertura remota de agências que a Caixa já está fazendo em algumas unidades. Assim como as demais sugestões, essa última também será repassada à direção do Banco da Amazônia.
Fonte: Bancários PA
