Assédio moral em agência da Caixa gera protesto da categoria

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Já são oito meses de assédio moral coletivo na agência da Caixa Itacaiúnas em Marabá, sudeste paraense. Nesse período, o Sindicato já se reuniu com a superintendência regional do banco e com a Comissão de Empregados da Caixa em busca de solução, mas até agora nada foi feito.

“Cinco das vítimas do assédio coletivo por parte do gerente geral foram transferidas, um colega nosso, também vítima, está adoecido e de licença saúde há seis meses. O acusado ganhou como ‘recompensa’, do banco, a substituição da gerência regional. A atitude da Caixa só corrobora o que ele vem fazendo desde que foi transferido de outra unidade, onde também assediou outros bancários e bancárias”, destaca a dirigente sindical na região, Heidiany Moreno.

Como outra forma de pressionar a Caixa a tomar alguma providência urgente, a diretora da entidade sindical junto com a vice-presidenta do Sindicato que também é bancária da Caixa, Tatiana Oliveira, e os diretores, Diones Lima, Wellington Araújo, João Taiguara e José Marcos Araújo organizaram um protesto na unidade nessa terça-feira (11).

“Tentamos o diálogo nas duas últimas reuniões que tivemos com a Superintendência Regional Sul, que para nós é a forma mais amigável de se chegar a um acordo, porém como nada foi feito, resolvemos faz uma manifestação e tornar o caso público. Além disso, já demos conhecimento do caso à CEE Caixa e pedimos que o caso seja tratado com o setor de negociação sindical da empresa”, denuncia Tatiana Oliveira.

Compromisso da Caixa

Após a manifestação na agência, a diretoria do Sindicato dos Bancários reuniu novamente com a superintendência da Caixa em Marabá, desta vez com o novo superintendente regional, que tratou de diversos assuntos e assumiu compromisso de acompanhar de perto a gestão da agência e afirmou repudiar qualquer atitude que fira o código de ética da empresa.

Assédio moral é crime! Denuncie

O assédio moral é a exposição de alguém a situações humilhantes, constrangedoras, repetitivas e prolongadas durante a jornada de trabalho e no exercício das funções. Essa conduta abusiva, em razão de sua repetição ou sistematização, atenta contra a personalidade, dignidade ou integridade psíquica ou física de uma pessoa, ameaçando seu emprego ou degradando o ambiente de trabalho.

Existem diferentes tipos de assédio. O primeiro deles é o assédio descendente, que é o tipo mais comum de assédio. Se dá de forma vertical, de cima (chefia) para baixo (subordinados).
Seu principal objetivo é desestabilizar o trabalhador, de forma que este produza mais por menos, sempre com a impressão de que não está atingindo os objetivos da empresa, que, na maioria das vezes, já foram ultrapassados.

Outro tipo de assédio é o paritário. Esse ocorre de forma horizontal, quando um grupo isola e assedia um membro – parceiro. Seu principal objetivo é eliminar concorrentes, principalmente quando este indivíduo vem se destacando com frequência perante os superiores.

Importante frisar que não existe uma lei específica para repressão e punição daqueles que praticam o assédio moral. No entanto, na Justiça do Trabalho a conduta de assédio moral, se caracterizada, gera indenização. O assédio moral praticado pelo empregador ou por qualquer de seus prepostos autoriza o empregado a deixar o emprego e a pleitear a rescisão indireta do contrato.

Já na Justiça criminal, conforme o caso, a conduta do agressor poderá caracterizar crimes contra a honra, como a difamação e injúria, contra a liberdade individual, em caso, por exemplo, de constrangimento ilegal ou ameaça. A reparação decorrente de danos morais está condicionada à existência de um ato ilícito e culposo, bem como a existência de nexo de causalidade entre o ato e o resultado.

O Sindicato tem um setor específico para cuidar de casos de assédio moral, o da saúde, portanto denuncie por telefone (91) 3344-7755 ou por e-mail saude@bancariospa.org.br, sua identidade será preservada.

 

Fonte: Bancários PA

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