Concurso Banpará: Pela aprovação do PL 167/2020, Sindicato apoia luta da Comissão dos Classificados

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Mais de 2.000 aprovados e aprovadas no último concurso do Banpará, em 2018, aguardam ansiosos e também apreensivos serem chamados. É que a validade da prorrogação do certame encerra no mês de junho deste ano e com a pandemia, as chamadas seguem acontecendo, mas em ritmo cada vez mais lento.

“Faltam menos de quatro meses e mais de 2.000 aprovados na fila de espera, entendemos o cenário da pandemia, tanto é que existe um projeto de lei, de autoria do Poder Executivo, que estabelece a suspensão do prazo de validade dos concursos públicos já homologados. Mas a votação em plenário, pelos deputados e deputadas estaduais, já foi adiada por três vezes, a última delas foi em agosto do ano passado”, explica um dos aprovados e que faz parte da Comissão dos Classificados, Zaqueu Oliveira.

O Projeto de Lei 167/2020 não só suspende o prazo de validade dos concursos públicos já homologados na data da publicação do Decreto Legislativo Estadual n º 2, de 20 de março de 2020, até 31 de dezembro de 2021; como também autoriza os Poderes, órgãos e entidades da Administração Pública Estadual a convocar os candidatos aprovados nos concursos públicos para suprir as vacâncias de cargos públicos efetivos ocorridas entre 28 de maio de 2020 a 31 de dezembro de 2021.

“No dia 23 deste mês iremos para frente da Alepa, respeitando todas as medidas de prevenção contra a covid-19, para cobrar dos parlamentares que coloquem de volta na pauta e votem a favor do respectivo Projeto de Lei, onde além de nós aprovados, como também toda a sociedade, só tem a ganhar. Queremos contar com o apoio do Sindicato dos Bancários na nossa manifestação, bem como da imprensa paraense para dar visibilidade ao nosso apelo”, destaca Zaqueu.

Sindicato apoia a luta

Apesar de não existir um levantamento oficial específico sobre o déficit de bancários e bancárias no Banpará, levantamento do Dieese aponta que nos primeiros dez meses de 2020, o segmento bancário contou com um saldo negativo de 8.086 vagas, sendo 13,7 mil contratados contra 21,8 mil desligados no período.

“Estamos junto com os concursados nessa luta. Não é justo que queira se manter o prazo normal do concurso num momento totalmente atípico de pandemia. Até porque não há como realizar um concurso novo neste momento. Vimos o que aconteceu com o Enem, em que 51,5% dos inscritos faltaram às provas por medo de contaminação. A maior abstenção da história do Exame, segundo o Ministério da Educação. O mais seguro é a prorrogação dos concursos”, conta a presidenta do Sindicato, Tatiana Oliveira.

Filas corroboram o déficit

Quando o governo do Pará começou o pagamento em cota única do “Renda Pará”, no valor de R$ 100,00, aos beneficiários do programa “Bolsa Família”, no final do ano passado, filas quilométricas foram vistas nas agências bancárias do Banpará, principalmente as do interior do estado.

A agência em Cametá, no Baixo Tocantins, é um exemplo. Durante visita do Sindicato ao local, dezenas de mães de família aguardavam debaixo de um sol escaldante pelo atendimento.

“No dia da nossa visita, apenas 9 bancários e bancárias trabalhavam na agência, pra atender todas as demandas e não somente o pagamento do auxílio, em uma jornada de trabalho longa e exaustiva. Algumas unidades chegaram a abrir aos sábados para dar conta do calendário de pagamento. Nós chegamos a encaminhar ofício ao banco cobrando reunião para tratar do assunto, mas não obtivemos nenhuma confirmação”, lembra a diretora do Sindicato, Suzana Gaia, que foi ao município junto com o dirigente, Gilmar Santos, um dia após o ataque ao Banco do Brasil que terminou com a morte de um refém.

 

Fonte: Bancários PA com informações do Valor Econômico

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