Contra demissões no Santander e seguindo as recomendações da OMS, Sindicato protesta em Belém

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Sem aglomeração e todos de máscara, foi assim que 5 dirigentes sindicais realizaram um protesto contra as demissões no Santander em todo o Brasil. A manifestação foi na manhã desta segunda-feira (22) em frente a uma das agências do banco na capital paraense.

“Na semana passada foram 4 demissões de gerente em menos de 5 dias, todos de Belém. É desumano, é desrespeitoso aos trabalhadores e trabalhadoras e às mesas de negociação com o banco, por vídeo, nessa pandemia. Nossa solidariedade aos colegas demitidos aos quais estamos à disposição caso eles queiram recorrer à justiça pela reintegração. E ao Santander nosso total repúdio. Inclusive na hora do nosso ato outro colega PCD também foi desligado sem justo motivo”, afirma o presidente do Sindicato, Gilmar Santos.

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Metas abusivas e demissões

De acordo com a Contraf-CUT, existem relatos de que o presidente do Santander no Brasil, Sergio Rial, realizou videoconferência com funcionários em cargos de gestão e disse que as metas devem ser cobradas mesmo em período de pandemia. E, mais, que o não cumprimento das metas deve ser punido com a demissão. Na ocasião, Rial teria dito que “aqueles que pensam diferente e não colaboram prestam um desserviço ao banco e contribuem para um baixo nível de produtividade”.

O banco vem cumprindo a ordem de Rial. Já demitiu uma série de funcionários, mas, segundo reportagem publicada pelo jornal Folha de S.Paulo, pode haver demissão em massa de 20% do quadro de pessoal. O banco diz que haverá demissões, mas não deve chegar aos 20% anunciados pelo jornal. No entanto, confirma que as demissões ocorreram pelo não cumprimento de metas.

Em setembro do ano passado, a Justiça do Trabalho condenou o Santander S.A. a pagar uma indenização de R$ 274 milhões por estabelecer metas abusivas aos trabalhadores, além de provocar o adoecimento mental deles. O processo foi movido pelo Ministério Publico do Trabalho, de Brasília, após constatar, em investigação, o alto índice de estresse a que os bancários eram submetidos.

 

Fonte: Bancários PA com Contraf-CUT e Portal Uol de notícias

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