Luto em defesa da soberania nacional leva resistência às ruas de Belém

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O Mercado de São Brás, em Belém, foi palco nessa quinta-feira, 3 de outubro, de manifestação e resistência popular pela soberania nacional, em defesa da aposentadoria, da educação, da Amazônia, dos bancos públicos e empresas estatais, e contra as privatizações pretendidas pelo governo neoliberal de Jair Bolsonaro (PSL). Na manifestação nacional chamada de “Luto pela Soberania” o Sindicato dos Bancários do Pará esteve presente, ao lado de diversas outras categorias de trabalhadores e trabalhadoras do campo e da cidade e movimentos de juventude.

A data teve uma importância histórica por ser o aniversário de 66 anos da Petrobras, a principal estatal do país que está sendo desmontada. Na oportunidade, os dirigentes sindicais bancários distribuíram um informativo que demonstra a importância dos bancos públicos para o estado do Pará.

“Os bancos públicos são essenciais para o desenvolvimento do Brasil, do Pará e da Amazônia. São mais de 9 mil agências dessas instituições que atuam em todo o território nacional, sendo responsáveis pelo fomento de acesso ao crédito e desenvolvimento de políticas públicas nas mais diferentes áreas, como a infraestrutura urbana e rural, a agricultura, a educação, a indústria, o esporte, a ciência etc. Os bancos públicos representam cerca de 46% das operações de crédito no país, o que representa um trilhão e meio de reais; mais de 80% de todo o crédito imobiliário e 72% do crédito rural. Ou seja, os bancos públicos são fundamentais para a soberania do Brasil e é por isso que lutamos pela sua manutenção e fortalecimento!”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários, Gilmar Santos.

Seguindo o mesmo raciocínio, a vice-presidenta da entidade sindical, Tatiana Oliveira, reforça o protagonismo dos bancos públicos na esfera estadual.

“Aqui no Pará os bancos públicos somam quase 70% do total das agências bancárias, as quais movimentam cerca de 90% das operações de crédito no estado. Todo o crédito imobiliário em circulação no Pará é proveniente dos bancos públicos, assim como 93% do crédito rural. A Caixa Econômica tem papel ainda mais relevante no que diz respeito à política de habitação com o Minha Casa Minha Vida, gerenciamento do FGTS e as transferências de contratos de repasse, termos de fomento, de colaboração e de parceria entre os entes públicos. Não dá para pensarmos em desenvolvimento socioeconômico no Pará sem os bancos púbicos. Defendê-los e combater as privatizações dessas instituição é um dever não apenas da categoria bancária, mas de toda a sociedade brasileira”, destaca Tatiana Oliveira.

Fonte: Bancários PA

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