Nesta terça-feira (15) os empregados e empregadas da Caixa Econômica Federal retornaram ao trabalho no Pará após 26 dias de paralisação. Porém, na assembleia realizada na noite de ontem na sede do Sindicato, a categoria aprovou além do fim da greve, uma moção de repúdio contra o banco cobrando Isonomia na instituição.
“A desigualdade de tratamento na Caixa começou na Era FHC, em 1998. De lá pra cá são 15 anos de luta dos empregados e empregadas da Caixa por Isonomia dentro do banco. Queremos a retomada de direitos de forma igualitária, pois a valorização dos trabalhadores somente fortalece a Caixa enquanto banco público”, afirma a diretora de comunicação do Sindicato dos Bancários do Pará e empregada da Caixa, Tatiana Oliveira.
“Repudiamos a falta de diálogo por parte do banco sobre o assunto, e reafirmamos que seguiremos nessa luta até conquistarmos a Isonomia na Caixa Econômica”, destaca o diretor de bancos federais do Sindicato e empregado da Caixa, Heider Costa.
Leia abaixo o documento aprovado na assembleia:
ISONOMIA JÁ!
Nota de Repúdio à Caixa Econômica Federal
A isonomia entre os antigos e novos empregados dos bancos públicos é um item central dos eixos de reivindicação da categoria. A desigualdade de tratamento passou a existir com a criação de novos planos de cargos e salários (PCS’s) para agregarem os empregados admitidos a partir de 1998, mas houve a perda de muitos benefícios.
Vários direitos foram reconquistados pelo movimento sindical (tais como APIP, Saúde Caixa, Funcef etc.), porém as instituições insistem em não atender a totalidade das reivindicações. Na Caixa Econômica Federal, por exemplo, o ATS (Adicional por Tempo de Serviço) e Licença Prêmio (LP) ainda fazem parte da luta pela isonomia.
Nós, empregados da Caixa no Estado do Pará, reunidos em assembléia geral, repudiamos a postura da empresa em perpetuar o tratamento desigual, o que é inadmissível diante da contribuição social e econômica promovida pelos empregados da CAIXA em todo país, além de ser incompatível com o reposicionamento estratégico da empresa e a devida responsabilidade social.
Estamos alerta à tentativa de “nivelar por baixo” os direitos, protelando o diálogo ao ponto em que os empregados mais antigos venham a se aposentar.
Continuaremos mobilizados e em luta por isonomia. Por ATS e LP para todos e todas!
Belém, 14 de outubro de 2013.
Fonte: Bancários PA