Sindicato recorre sobre desconto da Greve Geral no Banco da Amazônia

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Em razão da improcedência do pedido de não desconto da greve geral no Banco da Amazônia em sentença, o sindicato já recorreu da decisão, renovando, inclusive, o pedido de concessão de liminar. O recurso aguarda julgamento no tribunal.

No dia 04.06.2019, o Sindicato dos Bancários do Pará realizou assembleia geral extraordinária que teve como pauta os esclarecimentos sobre a reforma da previdência, bem como deliberou pela paralisação das atividades por vinte e quatro horas no dia 14.06.2019.

Ainda que a paralisação tenha cumprido todos os requisitos previstos em lei, durante a assembleia foi informado à categoria sobre a possibilidade de as empresas promoverem o desconto pelo dia de greve. Contudo, a entidade sindical esclareceu que ingressaria com a medida judicial cabível, em desfavor dos bancos, com o objetivo de suspenderem o desconto. Nas greves gerais anteriores, o sindicato também ajuizou ação civil pública pleiteando a suspensão do desconto, o que foi deferido pela justiça na maioria delas.

Além disso, o sindicato também enviou ofício ao Banco da Amazônia, no dia 18.06.2019, solicitando o abono do referido dia e, caso não fosse a opção adotada pela instituição, que fosse estabelecido mesa de negociação com as entidades representativas de classe, com o objetivo de construir uma alternativa que não penalizasse quem está lutando por um direito de toda a sociedade brasileira: o direito a ter uma aposentadoria digna.

O sindicato ajuizou Ação Civil Pública, tombada sob o nº 0000547-87.2019.5.08.0014, que tramita na 14ª Vara do Trabalho de Belém. Nessa ação, o juízo de primeiro grau deferiu o pedido em sede liminar do sindicato, determinando que a empresa se abstivesse de realizar o desconto do dia parado no contracheque dos empregados. Contudo, na sentença, o juízo revogou os efeitos da medida liminar, motivo pelo qual o banco procedeu o desconto.

“A luta contra Reforma da Previdência é pauta prioritária e unificada do movimento sindical brasileiro e da classe trabalhadora. Nosso sindicato não medirá esforços para fortalecer esta luta, pois é importante para demonstrar ao governo o inconformismo da classe trabalhadora contra a supressão de seus direitos, haja vista que a flexibilização dos direitos trabalhistas é um enorme retrocesso, com reflexo em diversos aspectos da sociedade”, afirma o presidente do Sindicato dos Bancários do Pará, Gilmar Santos.

Fonte: Bancários PA

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