Três sequestros de bancários nessa semana. Dois só nesta sexta (12)

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A vida de bancário ou bancária no Pará não é nada fácil. Além das jornadas desgastantes, sobrecarga de demandas, metas abusivas e condições inadequadas de trabalho, ainda há o fantasma da insegurança que assombra o cotidiano da categoria em todo estado. Nessa semana o Sindicato dos Bancários do Pará registrou 3 casos de sequestros de bancários para assaltos a bancos, modalidade criminosa conhecida como “sapatinho”. E somente na manhã desta sexta-feira, 12 de março, mais 2 casos elevaram as estatísticas de violência bancária no estado, a qual já totaliza 18 ocorrências em 2017.

O primeiro caso ocorreu no Banco do Brasil de Santo Antônio do Tauá, região do nordeste paraense. Um funcionário que exerce cargo de gerência na unidade foi feito refém em casa, junto com seus familiares, ainda na noite de ontem (11). Logo no início da manhã os assaltantes foram com ele até a agência, mas com a movimentação da polícia próximo ao local, o assalto não foi consumado e os familiares do bancário foram liberados logo em seguida, todos com vida e sem ferimentos. As vítimas já recebem atendimento médico e psicológico da CASSI e a agência não funcionou durante o dia devido as perícias policiais.

O outro caso dessa sexta-feira ocorreu no Banpará Marituba, na região metropolitana de Belém. Um funcionário da agência foi feito refém também dentro de casa, junto com seus familiares, na madrugada de hoje, em Ananindeua. O objetivo do bando era assaltar a agência bancária, mas ao perceberem que o funcionário não teria acesso ao cofre, liberaram as vítimas. Na fuga, os assaltantes levaram objetos pessoais do bancário e familiares.

Sapatinho consumado no Banco da Amazônia em Placas

Na última quarta-feira, 10 de maio, um dos gerentes do Banco da Amazônia na cidade de Placas, no sudoeste do estado, foi feito refém na sua casa, junto com a esposa, por um grupo de assaltantes com armamentos de grosso calibre. O bando seguiu com as vítimas até a unidade bancária e saqueou todo o valor contido no cofre da mesma. A quadrilha libertou o bancário e a esposa após o assalto, já na saída da cidade. Alguns dos assaltantes já foram identificados, mas até o momento ninguém foi preso, assim como não foram presos nenhum dos envolvidos nos “sapatinhos” de hoje.

“Nós sempre cobramos dos bancos mais investimentos em segurança nas reuniões da Comissão Consultiva para Assuntos da Segurança Privada (CCASP), da qual nosso Sindicato faz parte. Mas as instituições financeiras sempre se limitam a dizer que investem, mas nunca apresentam esses investimentos, nem mesmo projetos para melhoria da segurança bancária, seja em bancos públicos ou privados. Para nós segurança é prioridade, pois é a vida e a integridade de trabalhadores, trabalhadoras e de seus familiares que estão em jogo”, destaca o diretor do Sindicato dos Bancários do para e membro da CCASP, Sandro Mattos.

 

Fonte: Bancários PA

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